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Em trote racista, caloura é pintada de preto e vestida de garçonete em Universidade

Por Redação 06/03/2020 16h04 - Atualizado em 06/03/2020 20h08
Foto: Redes Sociais
Em um trote realizado ontem, quinta-feira, 05, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em Macaé, uma caloura foi pintada de preto e vestida de garçonete.

As imagens do trote foram publicadas na internet e mostra uma estudante de pele branca pintada com tinta preta, em um típico Blackface, uma prática racista de cerca de 200 anos.

Na publicação original, que já foi excluída das redes sociais, a caloura que foi pintada escreveu: "Oficialmente na federal #UFRJ. (Oi gente, vou explicar aqui. Eu não escolhi ser pintada da forma que foi, foi escolha dos veteranos e eles escolheram assim não sei o porquê. Mas não acho que foi no intuito de fazer Blackface. A bandeja e o avental é pela brincadeira que tá fazendo com a turma inteira, porque por ser 010 falaram sobre os 10% do garçom e chamam a gente de calouro garçom. Não é na intenção de ofender ninguém)".

Após a indignação de gerada nas redes sociais, a direção do Campus da UFRJ-Macaé emitiu uma nota de repúdio e afirmou que irá abrir um inquérito para apurar o caso, que ocorreu no Curso de Engenharia. Caso a investigação constate que o caso foi considerado racismo, os envolvidos serão responsabilizados criminal e civilmente.

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A direção do Campus também informou que enquanto durarem as investigações, os trotes estão suspensos e proibidos dentro das dependências do Campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro em Macaé.

A Associação Atlética de Engenharia UFRJ-Macaé também se pronunciou sobre o caso, em uma nota de repúdio publicada em perfil oficial nas redes sociais. A Associação informou que repudia o ocorrido e reitera que não faz parte da Comissão que organiza a recepção dos novos alunos. A nota informou que a bandeira da Atlética, que aparece na foto, foi emprestada para a Comissão do Trote.