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Dólar fecha acima de R$ 5 pela 1ª vez e Bovespa desaba quase 14%

Por G1 16/03/2020 20h08 - Atualizado em 16/03/2020 23h11
Foto: Reprodução
Nesta segunda-feira (16), as principais bolsas do mundo apresentaram queda após dados mostrarem um forte tombo na economia chinesa e com o novo corte surpresa na taxa de juros dos EUA não conseguindo acalmar os mercados.

Nesta segunda, a turbulência nos mercados provocou a interrupção das negociações tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, onde as quedas atingiram o limite para o acionamento do chamado 'circuit breaker' ? aqui, a primeira interrupção acontece quando o Ibovespa cai mais de 10%; nos EUA, quando os índices recuam 7%.

O dólar teve forte alta, e fechou acima de R$ 5 pela primeira vez, enquanto a Bovespa caiu quase 14%. Já as principais bolsas europeias fecharam com quedas de cerca de 5%.

Veja os principais destaques do dia:

Dólar: fechou em alta de 5,16%, a R$ 5,0612
Bovespa: encerrou o pregão em queda de 13,92% (circuit breaker acionado pela manhã)
Ações da Petrobras (PETR4): fechou em queda de 15%
Bolsa de Nova York (Dow Jones): fechou em queda 12,93% (circuit breaker acionado na abertura)
Barril do petróleo Brent: fechou em queda de 11,2%, a US$ 30,05
Barril do petróleo WTI: fechou em queda de 9,6%, a US$ 28,70
Bolsa de Frankfurt: fechou queda de 5,31%
Bolsa de Paris: fechou em queda de 5,75%
Bolsa de Londres: fechou em queda de 4,01%
Bolsa de Madri: fechou em queda de 7,88%
Bolsa de Tóquio: fechou em queda de 2,46%
Bolsa de Xangai: fechou em queda de 3,4%
Bolsa de Seul: fechou em queda de 3,19%
Bolsa de Sydney: fechou em queda histórica de 9,70%
Veja os últimos destaques

A produção industrial na China caiu 13,5% em ritmo anual nos 2 primeiros meses do ano, na primeira contração em quase 30 anos. Já as vendas no varejo recuaram 20,5% na comparação com os dois primeiros meses de 2019.
No Japão, a Bolsa de Tóquio fechou com uma queda de 2,46%, depois que o Banco Central japonês decidiu criar um novo programa de empréstimos para ajudar o financiamento de pequenas empresas afetadas pela crise de saúde, e aumentar as compras de papéis comerciais e títulos corporativos.
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A Bolsa de Sydney registrou queda recorde de 9,7%. O índice ASX 200 perdeu 537,30 pontos, a 5.002,00 unidades. Os setores industrial e de energia foram os mais afetados, com perdas de mais de 15%.
O Goldman Sachs reduziu sua projeção para o crescimento dos EUA. O banco agora vê estagnação nos primeiros três meses do ano, contra crescimento de 0,7% esperado antes. Para o 2º trimestre, a estimativa é de contração de 0,5%, ante projeção inicial de estabilidade.
No Brasil, o mercado reduziu para 1,68% a estimativa de crescimento do PIB em 2020, segundo o boletim Focus do BC.
A montadora ítalo-americana Fiat Chrysler anunciou a suspensão da produção na maioria de suas fábricas na Europa até 27 de março, em consequência da pandemia.
Na véspera, o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) anunciou a redução da taxa de juros dos Estados Unidos para a faixa entre 0% a 0,25%. Foi o segundo corte em menos de duas semanas. A instituição também anunciou um programa de compra de US$ 500 bilhões em títulos do Tesouro e de US$ 200 bilhões em valores hipotecários.