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MPT discute medidas para minimizar impactos causados ao setor artístico em Alagoas

Por Assessoria MPT/AL 24/04/2020 13h01 - Atualizado em 24/04/2020 16h04
Foto: Assessoria MPT/AL
O procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho (MPT) em Alagoas, Rafael Gazzaneo, recebeu representantes do Fórum de Teatro de Maceió, na última quarta-feira, 22, para discutir medidas que possam minimizar os impactos socioeconômicos causados ao setor artístico em Alagoas. Atores, músicos, produtores, iluminadores, coreógrafos, realizadores audiovisuais e outros profissionais que lidam diretamente com o público ou que atuam nos bastidores vem enfrentando dificuldades financeiras desde a decretação da pandemia do novo coronavírus.

Os representantes solicitaram o apoio do MPT para que a instituição realize uma articulação junto à Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC) e à Secretaria de Cultura de Alagoas (Secult), de forma que os órgãos de cultura viabilizem a apresentação de atividades dos artistas por meio digital e que esses profissionais sejam remunerados de forma justa. Segundo os artistas, o Estado e Município de Maceió já estudam a publicação de editais voltados à produção cultural, mas a remuneração paga não seria suficiente diante da situação crítica enfrentada pelos profissionais.

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“Estamos sofrendo muito, passando por situação de fome e, se não lutarmos por políticas públicas, muitas pessoas ficarão pelo caminho. Fomos uma das primeiras categorias a sofrer os impactos da pandemia e seremos as últimas a voltar à normalidade”, afirmou Ticiane Simões, atriz e integrante do fórum.

O procurador-chefe Rafael Gazzaneo destacou a importância do papel do MPT para buscar medidas que reduzam as dificuldades enfrentadas pelos artistas. “É muito relevante a atuação do MPT nesse trabalho de articulação, a fim de ajudar a categoria a encontrar soluções junto ao poder público que, neste momento de crise sanitária, é quem reúne condições de aprovar políticas públicas que reduzam a situação de precariedade que toda a classe artística está atravessando nesse momento. É sabido que o setor de entretenimento está completamente parado, tendo sido o primeiro a paralisar suas atividades e devendo ser o último a retomá-las”, afirmou.

Nesta sexta-feira, 24, o Fórum de Teatro de Maceió encaminhou um ofício ao Ministério Público do Trabalho solicitando que o MPT convoque uma audiência com representantes da Secult, Conselho Estadual de Cultura, FMAC e Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões de Alagoas (Sated/AL). No documento, o fórum solicita a participação do poder público na audiência, para que sejam construídas estratégias e ações efetivas que forneçam à classe artística meios de subsistência diante a crise.