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Prefeitura de Maceió mantém suspensão do 13° salário dos servidores públicos

Em reunião com líderes sindicais, secretário de economia e finanças, Felipe Mamede, afirmou que o município não tem recursos para pagar o benefício, mas não apresentou dados que comprovem a afirmação

Por Américo Cavalcante/Assessoria 17/09/2020 09h09
Reunião Câmara Maceió - Foto: Américo Cavalcante/Assessoria

Na tarde da última terça-feira, 15, o conjunto de lideranças sindicais que compõem o Movimento Unificado dos Servidores Públicos de Maceió participaram de uma reunião na Câmara de Vereadores, para discutir sobre a retomada do pagamento do 13° salário dos funcionários públicos do município. O encontro contou com a participação do secretário de economia e finanças, Felipe Mamede, e do vereador Samyr Malta, que representa o prefeito Rui Palmeira na casa.

Sem apresentar números ou quaisquer dados concretos, o secretário Felipe Mamede justificou a suspensão do benefício afirmando que o município não possui recursos para repassar aos servidores. De acordo com o sindicalista Fernando Cândido, além da falta de documentos comprobatórios, a afirmação se torna ainda mais frágil ao ser confrontada com outras atividades da prefeitura.

"Será que um município que não tem recursos para pagar o 13° salário dos seus servidores teria condições de manter 1.332 cargos comissionados? Será que um município quebrado teria condições de contratar uma empresa de consultoria por uma 'bagatela' de 10 milhões de reais, que inclusive está sendo objeto de apuração do Ministério Público de Contas?", questionou Fernando, que afirma não acreditar na versão descrita por Mamede.

O pagamento do benefício está suspenso desde março deste ano, sob a justificativa de queda na arrecadação do município devido à pandemia da Covid-19, mas desde então a iniciativa vem desagradando os trabalhadores que contam com essa renda.

Fernando Cândido lembra, ainda, que o 13° salário está previsto na Lei Municipal N° 5.470 de 2005, além de ser um direito assegurado pela Constituição Federal. "Por isso devemos seguir firmes e fortes na luta pelos direitos dos servidores e das servidoras públicas", concluiu.