Estudo da CBF é aprovado pelo Ministério da Saúde para o retorno de torcida nos estádios
Governo Federal condiciona retorno a medidas sanitárias de cada estado e município
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) recebeu sinal verde do Governo Federal para colocar em prática o plano de retorno de público nos estádios de futebol. O Ministério da Saúde aprovou estudo com proposta de retorno de até 30% de torcida aos campos. A condição é que cada estado e município realizem seus protocolos e adote medidas sanitárias apropriadas para receber torcedores.
O jornal "O Globo" publicou a notícia na manhã dessa terça-feira. Em julho, o presidente da Comissão Nacional de Médicos de Futebol, Jorge Pagura, dizia que esperava público de volta aos estádios apenas depois da vacina.
Em paralelo à iniciativa da CBF com o Governo Federal, a Federação Estadual de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), depois do primeiro encontro no Rio de Janeiro para discutir o retorno do futebol com público, segue com encontros para discutir a volta do público. Nesta terça, promove debate sobre o assunto com autoridades da prefeitura do Rio e do Governo Federal.
A CBF evita se manifestar, mas defende uniformidade da decisão para ter equilíbrio técnico. Ou seja, se voltar o público no Rio de Janeiro, o ideal seria que todos os clubes pudessem receber torcedores também em seus estádios.
Próximos passos
Apesar da aprovação do Ministério da Saúde, ainda há um longo caminho a ser percorrido até que o público volte a freqüentar arquibancadas. Primeiro, porque cada Estado e cada município precisam permitir essa operação - o que não parece simples hoje.
Outro obstáculo é que os clubes pensam diferente sobre o assunto. O presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, deixou claro que só aceita a presença de público quando todos os clubes puderem ter seus torcedores no estádio - o que faz a questão voltar a cada governo estadual e cada prefeitura.
Por ora não há previsão de convocação de um novo Conselho Técnico - reunião em que os representantes dos clubes decidem o regulamento do Brasileirão -, mas é certo que a CBF vai submeter a questão aos clubes.