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Alagoanos recebem encomendas contendo sementes da China

No Brasil, já foram registradas181 denúncias sobre o caso das sementes

Por Redação 02/10/2020 14h02 - Atualizado em 02/10/2020 14h02
Sementes da China - Foto: Divulgação

Famílias alagoanas receberam pacotes com sementes de plantas desconhecidas vindas de países asiáticos, sobretudo da China. As sementes chegaram ao Estado junto com produtos encomendados pelos alagoanos.

De acordo com o Ministério de Agricultura, até a última quinta-feira, 01, o Brasil contabilizou 181 denúncias de recebimento irregular das sementes, os casos foram notificados em 16 Estados e no Distrito Federal. O Ministério não informou quantos casos foram registrados em Alagoas.

O Ministério recomenda que os pacotes com as sementes não devem ser abertos e tampouco plantados. Caso algum cidadão receba os pacotes, deve informar imediatamente aos órgãos do Estado e do País.

Segundo nota dos Correios, os postais internacionais passam por protocolo de segurança e quando algo suspeito é constatado, o Órgão envia o objeto para avaliação da Vigilância Agropecuária.

Veja a nota dos Correios

Os Correios informam que todos os serviços postais internacionais são submetidos a protocolos de segurança postal e aduaneira, mediante a vistoria não invasiva de 100% dos objetos recebidos em equipamentos de Raio-X. 

Quando ocorre a constatação da presença de conteúdo suspeito, imediatamente o objeto é encaminhado para avaliação da Vigilância Agropecuária - VIGIAGRO, órgão vinculado ao Ministério da Agricultura, em consonância com o previsto na Lei 10.711/2003, que por sua vez definirá a autorização de entrada ou não no país.

Cabe esclarecer ainda que os Correios fazem parte do Grupo de Segurança Postal - SGP, dirigido pela União Postal Universal - UPU, que agrega os operadores designados cumpridores das exigências internacionais de segurança. A empresa atuará, sempre que necessário, para coibir postagens inseguras e desconhecidas, uma vez que, em regra geral, a importação ou envio de sementes de plantas são proibidas.

Os primeiros relatos no País foram publicados no início do mês de setembro. No dia 14, a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) emitiu alerta oficial sobre o caso, mas a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) disse que há pessoas que afirmaram terem recebido pacotes suspeitos há mais de um ano.

Além do Brasil, países como Canadá, Austrália e Estados Unidos também relataram o recebimento de sementes não solicitadas da China. De acordo com o Mapa, ainda não é possível apontar os riscos envolvidos. O material foi enviado para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) de Goiânia para as análises técnicas. Segundo informações do órgão de defesa agropecuária americano (APHIS-USDA), o caso está sob investigação em conjunto com outras agências de segurança dos Estados Unidos. Até o momento, as evidências apontam para uma ação conhecida como brushing scam.