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Modelo achada desorientada no Rio fugiu da família e andou nua em Nova York

O afastamento da família começou no ano passado, quando ela foi morar em Nova York

Por Da redação com UOL 08/10/2020 16h04 - Atualizado em 08/10/2020 16h04
Modelo Alagoana - Foto: Reprodução

A família de Eloísa Fontes ainda tenta entender o que levou a modelo de 26 anos a sumir várias vezes no último ano e meio. Depois de mais um desaparecimento, ela foi encontrada na terça-feira vagando desorientada pelas ruas do Rio de Janeiro.

O afastamento da família começou no ano passado, quando ela foi morar em Nova York. Foi lá também que começaram o que amigos e familiares chamam de "surto". Em junho de 2019, a modelo desapareceu por cinco dias até ser encontrada pela polícia americana andando nua e muito confusa mentalmente pelas ruas da cidade.

Concurso com Ana Hickmann


Eloísa nasceu na cidade de Piranhas, no interior de Alagoas. Em 2011, aos 16 anos, ela participou do concurso "Top Model" da apresentadora Ana Hickmann, da RecordTV. No ano seguinte, conquistou a emancipação para poder morar em São Paulo e dar início à tão sonhada carreira.

Depois de anos trabalhando para diversas marcas, em fevereiro de 2019 Eloísa ganhou espaço na carreira internacional e foi para os Estados Unidos. No exterior, ela foi contratada pela Marilyn Agency, em Nova York. A modelo tem no currículo marcas internacionais como Dolce & Gabbana e Louis Vuitton, e capas de revista para "Elle", "L'Officiel", "Grazia" e "Glamour".

Volta secreta para o Brasil


Após o primeiro surto, Eloísa ficou meses sem manter contato com a família. Em fevereiro de 2020 ela voltou sem avisar ao Brasil. No mês seguinte, a modelo tentou uma parceria com a agência Joy Model, em São Paulo. Em nota ao UOL, a Joy Model disse que a jovem enviou um material para que eles avaliassem, mas por causa da covid-19, a modelo pediu para que esperassem a situação melhorar.

"Em março deste ano, a modelo Eloísa Fontes nos enviou um e-mail, pedindo para que avaliássemos suas fotos profissionais. Depois disso, fizemos uma vídeo-chamada, onde ela se apresentou, também virtualmente. Uma linda mulher, por isso confirmamos a ela nosso interesse em representá-la no mercado do Brasil. Infelizmente, não tivemos tempo. Era o período de início da pandemia, e ela nos pediu para que aguardássemos. Por isso, não tivemos a oportunidade de conhecê-la pessoalmente nestes meses. Nos solidarizamos profundamente com Eloísa e sua família e seguimos à disposição para tenha uma plena recuperação", disse a agência.

Situação de rua


Quando retornou ao Brasil, Eloísa também retomou um relacionamento com o modelo e produtor-executivo russo Andre Birleanu, com quem havia sido casada e tido uma filha. Era Andre quem mantinha a família de Eloísa informada sobre a vida da modelo

Segundo Francisco Assis, 54, amigo da família, Eloísa teve um novo surto e deixou a casa de Birlenau para viver em situação de rua em comunidades como Cidade de Deus e Jacarezinho. Quando era encontrada por policiais, a modelo era levada a hospitais, onde passava dias internada.

Com a ajuda de Francisco, a família conseguiu localizar Eloísa em uma dessas internações. Eles decidiram então levar a modelo para uma casa de parentes em Uberlândia, em Minas Gerais.

No dia da viagem, Eloísa teve um novo surto no aeroporto Santos Dumont e correu em direção às pistas do Aterro do Flamengo, uma via com grande movimentação de carros. A polícia conseguiu contê-la e a família a levou para o Instituto Municipal Philippe Pinel, na Urca, onde ela passou 20 dias internada.

Após ter recebido alta médica, a modelo e a família finalmente foram para Uberlândia. Mas, de acordo com Francisco, Eloísa fugiu e voltou para o Rio de Janeiro. "Depois disso, recebíamos fotos dela por algumas praias. Até que uma pessoa do Segurança Presente ligou para a minha esposa e informou que eles tinham resgatado ela", disse o amigo da modelo ao UOL.

Risco de morte


A modelo foi encontrada desorientada no Morro do Cantagalo, em Ipanema, no Rio. De acordo com os agentes do Segurança Presente, a jovem corria risco de morte por perambular por comunidades consideradas perigosas.

Eloísa Fontes foi novamente internada no Pinel e não tem previsão de alta. Segundo o amigo Francisco, o estado de saúde dela é estável.