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Mãe de menina estuprada e morta em Maravilha vai responder por abandono de incapaz

Corpo de Ana Beatriz estava em um saco de nylon, no telhado da casa do criminoso

Por Redação 28/10/2020 17h05 - Atualizado em 28/10/2020 17h05
Ana Beatriz - Foto: Redes sociais

A mãe da menina Ana Beatriz, 06, que foi estuprada e morta pelo vizinho, em agosto deste ano, na cidade de Maravilha, Sertão de Alagoas, irá responder por abandono de incapaz.

A ação foi ajuizada pelo Ministério Público de Alagoas (MP/AL) e recebida pelo juíz Leandro de Castro Foly.

Segundo o MPE, Ana Lúcia da Silva, mãe de Ana Beatriz, deixou de observar seu dever de guarda e cuidado com a criança e não se deu conta quando a filha sumiu.

O juiz do caso afirma na decisão que os pressupostos de admissibilidade encontram-se "devidamente delineados". "Uma vez que narrada toda a conduta delitiva, com todas as suas circunstâncias, qualificado o suposto autor do fato, classificado o crime e apresentado rol de testemunhas, a configurar a justa causa necessária para o recebimento da denúncia oferecida. Por fim, não vislumbro qualquer motivo para o não recebimento da inicial acusatória", diz.

À época do crime, o promotor de Justiça de Maravilha, Kleytionne Sousa, contou que "restou apurado que a genitora da vítima estava com a menor por volta das 03h da madrugada na rua, reunida com algumas pessoas e, dentre elas, o acusado, que já era conhecido na região pela prática de crimes envolvendo violência e grave ameaça", narra.

Segundo ele, só então após perceber o desaparecimento de Ana Beatriz é que a família começou a procurá-la, tendo desconfiado de Edvaldo em razão de seu histórico criminal. "Foi a partir daí que a Polícia Militar teria sido acionada. E, após as diligências empreendidas pela PM na casa do acusado, um saco volumoso, de onde escorria sangue, foi localizado".

O CASO

O corpo de Ana Beatriz foi encontrado dentro de um saco de nylon, no telhado da casa do autor do crime, que abusou e matou Ana Beatriz. Ele costumava dar dinheiro para a menina comprar balas e era conhecido da família da criança.