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Finanças femininas: conheça algumas dicas para manter suas contas no azul

20/05/2021 16h04 - Atualizado em 20/05/2021 16h04
Finanças femininas - Foto: Finanças femininas

Quando o assunto é organização financeira, para as mulheres, o cartão de crédito ainda é considerado o maior "vilão". De acordo com dados de um levantamento realizado pela QuiteJá, plataforma de recuperação de crédito, para 49,06% das mulheres de 18 a 24 anos, o grande motivo das dívidas é devido ao uso do cartão. Já 24,53% afirmam que as dívidas surgiram com os impactos da pandemia de covid-19, 12,26% apontaram os juros de empréstimo como a causa e 7,55% disseram que as dívidas são decorrentes da diminuição da renda.

Segundo Luiz Henrique Garcia, CEO da plataforma, o brasileiro não tem o hábito de organizar as finanças. "Entendo que nós brasileiros não somos educados financeiramente. Cometemos erros básicos na questão do nosso consumo. Chegamos muitas vezes a considerar o cheque especial e cartão de crédito como uma extensão da nossa renda. Isso é uma situação extremamente perigosa. Elas são ferramentas importantes no momento de aperto, devem ser utilizadas sempre com parcimônia, sempre com o pé no chão, porque é uma ferramenta importante para o comércio, principalmente o cartão de crédito".

Ainda de acordo com o estudo, a maioria das mulheres entre 18 a 24 anos (32%) possuem dívidas que podem chegar até R﹩ 1 mil. Já entre as mulheres de 25 a 34 anos, 16,91% as dívidas podem chegar até R﹩ 3 mil. Quando o assunto é planejamento financeiro, 37,61% afirmam que costumam fazer seu planejamento mensal.

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Larissa Brioso, educadora financeira da Mobills, startup de gestão de finanças pessoais, destaca que grande parte da população feminina ainda depende financeiramente do parceiro ou não é a pessoa responsável por tomar as decisões de orçamento da casa. Essas condições colocam a mulher num lugar de vulnerabilidade e pode até ser o motivador para que ela não saia de uma relação onde não é mais feliz.
"Conhecimento é poder. Então, para uma vida com liberdade de escolha, a ferramenta chave é o estudo sobre finanças pessoais. É preciso enxergar o dinheiro como um aliado para aprender a utilizá-lo a nosso favor", destaca Larissa.

Para auxiliar quem tem dúvidas de como começar a se organizar, a educadora financeira destaca as dicas:

• Quite suas dívidas

Se você possui dívidas, o recomendado é que planeje-se para pagá-las o quanto antes. Dentre as principais dicas para realizar isso estão: fazer um melhor controle financeiro, economizar e claro, renegociar suas dívidas. É importante avaliar quais são as dívidas que possui, quais cobram uma maior taxa de juros e buscar quitar essas primeiro.

• Monte uma reserva de emergência

Quando falamos de economizar, definir prioridades e um teto de gastos, montar um planejamento financeiro, fazer um consumo consciente e manter o controle da entrada e saída de dinheiro, são meios eficazes para iniciar uma poupança. Mas, se você já tem uma vida financeira mais equilibrada, definir boas metas financeiras, montar uma reserva de emergência e começar a investir pensando no futuro é fundamental.

• Organize o orçamento

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As dicas básicas para organizar o orçamento são: conhecer sua renda líquida, já descontada de tributo, impostos e taxas; entender quais são os gastos fixos e variáveis; estipular uma meta de poupança e um teto de gastos para cada categoria de despesas (essenciais, desejos e investimentos); acompanhar como está gastando seu dinheiro, analisar e mudar o que for preciso para mantê-lo equilibrado, seja reduzindo gastos ou cortando despesas supérfluas.

Larissa destaca que apesar das diversas dificuldades de inclusão e igualdade de gênero, hoje é inegável que as mulheres vêm aprendendo cada vez mais sobre gestão financeira e que os homens têm muito o que aprender com elas quando o assunto é investimentos, mesmo sendo minoria no mercado financeiro, as mulheres ainda são as melhores investidoras.

"Por serem mais conservadoras que os homens e por estarem menos familiarizadas com o mercado financeiro, elas buscam mais informações e, com paciência e olhar crítico, acabam fazendo melhores escolhas. O maior diferencial certamente está na visão de longo prazo, no senso de oportunidade, estudo e cautela que as fazem escolher os melhores ativos financeiros, contornando riscos e minimizando perdas quando possível", finaliza Larissa.