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Pais são presos ao tentar vender filha recém-nascida por R$ 9 mil

Por Com informações de G1 15/07/2021 19h07
Mãe teria feito negociação através de uma rede social - Foto: Reprodução/TV Bahia

Quatro pessoas foram presas suspeitas de negociar a venda de uma recém-nascida por R$ 9 mil, em Salvador. Os envolvidos são os pais do bebê e dois homens, os supostos compradores.


O caso passou a ser investigado após uma denúncia anônima, feita na sexta-feira (9), de que uma mulher estava prestes a dar à luz, e que entregaria sua filha para um casal. A negociação foi descoberta na manhã desta quinta-feira (15), quando mãe e filha receberam alta médica de uma maternidade da capital baiana. O bebê nasceu na última terça-feira (13).


“Recebemos uma denúncia anônima de que uma senhora estava prestes a dar à luz, e que ela daria a criança para um casal. Então, iniciamos as investigações”, contou a delegada Simone Moutinho, da Delegacia de Repressão a Crimes contra a Criança e o Adolescente (Dercca) ao G1.


Ainda de acordo com o G1, a mãe negociou a venda da criança com um casal de São Paulo, por meio de uma rede social. A princípio, o valor estipulado seria de R$ 15 mil, mas passou a R$ 9 mil no final da negociação.


Os supostos compradores foram a Salvador para acompanhar o parto e um deles chegou a registrar a menina como pai, inclusive em cartório, com seu sobrenome. Na saída da maternidade, eles foram presos em flagrante.


O pai biológico foi localizado em seguida e também o outro homem envolvido na negociação. Segundo a delegada, todos estavam de acordo com a comercialização da criança.


A delegada ressalta que quem não deseja criar o filho, deve entregá-lo para a doação, pelos meios legais da Justiça.


“Esse tipo de ‘adoção à brasileira’ dá margem ao tráfico internacional de crianças, ao tráfico de órgãos infantis, e também a prostituição infantil. Precisamos falar sobre isso com a sociedade, fazer esse alerta. Entregar o filho à adoção é o único jeito de dar uma proteção efetiva para essas crianças”, conclui.


A recém-nascida foi acolhida pelo Conselho Tutelar e será encaminhada para um abrigo até que a Justiça determine o destino da criança.