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Daniel Silveira diz à PF que cachorro roeu carregador da tornozeleira

Por Istoé 17/07/2021 12h12
Deputado Daniel Silveira - Foto: Reprodução

O deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) apresentou na quinta-feira (15) justificativas à Polícia Federal para ter descumprindo dezenas de vezes a ordem de usar tornozeleira eletrônica, o que motivou a volta dele à prisão. Em depoimento, o parlamentar afirmou que um dos motivos para ter deixado o equipamento sem bateria foi o dano ao carregador, que teria sido roído pelo cachorro dele. As informações são da CNN Brasil.

Daniel Silveira justificou ainda que na região onde ele mora, no Rio de Janeiro, há muitas quedas de energia. Ainda conforme o parlamentar, muitas das 22 vezes em que a tornozeleira ficou sem bateria ele estava dormindo, por conta do uso de anti-inflamatório. O deputado também alegou que esqueceu de recarregar a bateria por estar participando de sessões na Câmara.

Segundo a PF, os agentes vão realizar perícias para verificar as condições da cinta da tornozeleira eletrônica. Os investigadores também vão consultar a companhia de energia elétrica do Rio de Janeiro para saber se houve de fato falhas constantes no fornecimento de energia elétrica na região onde mora o deputado.

Preso novamente

No final de junho, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que Daniel Silveira retornasse à prisão por violar as medidas restritivas impostas pela Justiça.

Segundo o ministro, com base em denúncia da Procuradoria-Geral da República, o parlamentar cometeu cerca de 30 violações ao sistema de monitoramento eletrônico.


Ao deixar a prisão em março, o deputado foi obrigado a cumprir uma série de medidas cautelares, entre elas o uso de tornozeleira eletrônica. Em maio, Silveira chegou a ficar mais de 16 horas sem contato com a central de monitoramento por falta de bateria no equipamento.

Daniel Silveira foi detido em fevereiro deste ano por determinação do próprio Moraes por conta de ataques feitos ao STF e a ministros da corte. Silveira também defendeu o ato institucional número 5( AI 5) que cassou direitos e liberdades durante o regime militar.