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Prefeito do Rio de Janeiro anuncia cidade sem máscaras em novembro e reabertura de estádio e boate

Por da redação com UOL 29/07/2021 18h06
Eduardo Paes, Prefeito do Rio de Janeiro - Foto: Imagem: Beth Santos/Prefeitura do Rio

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), anunciou hoje um planejamento para retomada das atividades na capital fluminense. O plano prevê suspensão gradual de medidas restritivas até 15 de novembro, data em que tudo será liberado, inclusive a obrigatoriedade do uso de máscaras.

O calendário prevê a reabertura de estádios ao público vacinado, boates, casas de show, liberação da capacidade para atividades em locais fechados e um grande evento em setembro. Na contramão dos alertas de infectologistas ante o avanço da Delta e dos recuos no exterior quanto à liberação do uso de máscaras, a prefeitura aposta na vacinação para contenção da variante.

Paes, que definiu o plano como "conservador" e "otimista", admitiu contudo a possibilidade de recuos.

Nos estádios, só público vacinado


O planejamento tem três datas-chave: 2 de setembro, 17 de outubro e 15 de novembro. Em cada uma delas, a cidade estima o aumento de pessoas vacinadas.

Em 2 de setembro, espera-se 54% da população adulta completamente vacinada. No dia 17 de outubro, a prefeitura estima que os números subam para 65%. Na data derradeira, 15 de novembro, a previsão é de 90% da população adulta vacinada com duas doses.

A partir da primeira data, o Rio prevê a liberação de eventos abertos e de 50% de público nos estádios, com todos os presentes vacinados. Em ambos os casos, será exigido o uso de máscaras e álcool gel. Na mesma data, a prefeitura planeja um grande evento na cidade (leia mais abaixo).

Na segunda data, 17 de outubro, boates e casas de show poderão funcionar no mesmo esquema dos estádios, com capacidade de 50% e todos vacinados. A partir desta data, também, os estádios poderão funcionar com capacidade completa, mas todos os presentes deverão estar vacinados.

A checagem para saber se o público nos estádios e boates está vacinado será feita por meio de um aplicativo. "Vários países fazem isso. Na teoria é uma checagem simples. Nós vamos usar o ConecteSUS, em que cada um tem seu código de barras, para checar a situação vacinal e registrar nominalmente quem entra."

O dia 15 de novembro marca a queda da obrigatoriedade do uso de máscaras na cidade do Rio de Janeiro, exceto em transporte público e hospitais.

Paes planeja que não seja mais necessário também controlar a capacidade dos locais e o distanciamento entre pessoas.

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Grande evento no início de setembro


Além dos planos de reabertura total, Paes anunciou um grande evento entre 2 e 5 de setembro. A ideia, de acordo com ele, é marcar o início de um "ano de reencontros da cidade consigo mesma".

O plano é que o evento conte com DJs na orla, atividades nas vilas olímpicas, campeonato de futebol nas comunidades e a Taça Renasce Rio, partida de futebol com 50% do público nos estádios.

Na ocasião, Paes decretará ponto facultativo no dia 3 de setembro. Haverá fechamento de ruas para o trânsito, eventos em polos gastronômicos e apresentações musicais a serem definidas.

Variante Delta


O avanço da variante Delta não preocupa a prefeitura. Daniel Soranz, secretário municipal de Saúde, afirma que a variante já responde por 20% dos casos na capital e diz acreditar que o avanço da vacinação é responsável por conter um eventual pico de casos, internações e mortes.

"Em todos os países que a Delta entrou, se tornou predominante e nós estamos vendo isso. Estamos preparados para isso [os picos de índices], mas não estamos vendo aumento. O que está acontecendo é uma redução importante nas últimas três semanas."

O prefeito disse anunciar a reabertura para que os cariocas "se programem". "O que anunciamos hoje depende da atitude de cada um. É fundamental que as pessoas continuem se vacinando e as vacinas continuem chegando", afirma.

Questionado sobre o recuo dos Estados Unidos em relação ao uso de máscaras, anunciado ontem, Paes comparou a cobertura vacinal daquele país com a do Rio e não descartou "dar um passo atrás" no plano.

"A gente tem uma visão conservadora, se for comparar com os Estados Unidos, temos três vezes mais cobertura vacinal do que eles. Não temos dificuldade em dar um passo atrás mas vamos torcer e trabalhar para só avançar."