Boxe: Abner Teixeira é superado por cubano, mas conquista bronze para Brasil
No início da manhã desta terça-feira (3), os brasileiros Beatriz Ferreira, Wanderson de Oliveira e Abner Teixeira entraram no ringue da Arena Kokugikan, no Japão. Beatriz foi a primeira a lutar, deixando a sua marca nas Olimpíadas de Tóquio-2020, avançou às semifinais. Wanderson enfrentou o cubano Andy Cruz e se despediu do torneio nas quartas de finais. Abner foi superado pelo também cubano Julio La Cruz, mas leva a medalha de bronze na mala.
Abner retorna para casa com bronze
Fechando a atuação brasileira no ringue na Arena Kokugikan, Abner Teixeira encarou cubano Julio La Cruz disputando vaga na final na categoria peso pesado (até 91 kg). O duelo foi equilibrado, mas o cubano conseguiu as melhores notas nos três rounds e vai brigar pelo ouro. O brasileiro ficou com o bronze, pois no boxe não há disputa pelo terceiro lugar.
Mesmo conseguindo encaixar uma sequência de jabs diretos, o adversário do brasileiro desferiu golpes efetivos no início do primeiro assalto e, na seguida, ficou circulando com a guarda baixa e levou a melhor no round. O segundo assalto foi bastante equilibrado, mas a atuação consistente de Julio La Cruz com golpes mais curtos ganhou as maiores notas dos juízes. No terceiro, o cubano cresceu sobre o brasileiro que golpeou mais na linha da cintura.
Descontente com o resultado da luta pelo esforço que faz para não ser derrotado, Abner comemorou a conquista do bronze. “Pelo fato de ser medalhista, estou bem feliz. Foi o que eu tinha me proposto a fazer. É a realização de um sonho. Assisti às Olimpíadas de Londres-2012 e queria estar junto, não só participando, mas ganhando uma medalha”, disse ao SporTV.
Beatriz Ferreira avança com autoridade
Beatriz Ferreira segue fazendo história no boxe. Em 30 disputas por pódio, a baiana esteve 29 vezes entre as três melhores. Na briga por uma vaga à semifinal em Tóquio, a pugilista verde-amarela enfrentou Raykhona Kodirova, do Uzbequistão, e avançou sem grandes dificuldades.
A vitória veio por unanimidade dos cinco juízes. No primeiro round, Beatriz controlou as principais ações e encaixou bons jabs e diretos de esquerda e direita. Focada, no segundo assalto a baiana não diminuiu o ritmo e seguiu dominando, aplicando ótimos golpes e, quando exigida, realizando boas esquivas. Já no terceiro período, a brasileira cercou a uzbeque e desferiu uma série investidas, que garantiu a vitória no combate. Classificada à semifinal, Beatriz Ferreira garantiu, no mínimo, a medalha de bronze. O próximo compromisso da brazuca será na quinta-feira (5/8), às 2h15, diante da finlandesa Mira Potkonen.
Apesar da garantia da medalha de bronze, Beatriz segue focada em ser campeã. "A gente está treinando para o ouro, queremos o lugar mais alto do pódio. Ninguém pode se contentar só com o bronze, quero mais, mas já estou feliz com o pódio", declarou ao SporTV.
Wanderson de Oliveira fica pelo caminho
Segundo brasileiro a entrar no ringue nesta terça-feira (3/8), Wanderson de Oliveira enfrentou o cubano Andy Cruz, um dos principais nomes do cenário e favoritos ao ouro olímpico na categoria peso-leve. O primeiro round foi eletrizante, com boas investidas dos dois pugilistas. No entanto, Cruz foi mais efetivo e recebeu a nota máxima de três dos cinco juízes no assalto inicial. No período seguinte, o cenário de trocas intensas se repetiu e, mais uma vez, o cubano levou a melhor. Precisando da recuperação no combate, o carioca tentou ser intenso, mas não conseguiu manter a performance e sofreu uma sequência de jabs e diretos do adversário. O resultado da luta foi para a decisão técnica, com Andy Cruz vencendo por 4 x 1.
Mesmo derrotado, Wanderson deixa Tóquio de cabeça erguida e feliz pela primeira vez em Olimpíadas. “É uma emoção enorme, é muito difícil alguém como eu, da periferia, chegar nos Jogos Olímpicos. Graças ao meu esforço consegui chegar e hoje estou representando o Brasil todo. Depois que comecei a lutar eu passei a querer mais e mais”, contou ao SporTV.