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Datena, Ana Hickmann, Simone e Simaria estão entre os que receberam R$ 4,3 mi por propaganda para Bolsonaro

Por Terra 14/08/2021 11h11 - Atualizado em 14/08/2021 11h11
Simone e Simaria receberam o maior cachê entre todos os artistas - Foto: Reprodução

Apresentadores, radialistas, cantores e influencers receberam 4,3 milhões da gestão de Jair Bolsonaro para fazer propaganda de ações do governo. As emissoras Band, Record, SBT e RedeTV!, que são veículos simpatizantes ao presidente, foram fontes direcionadas dos gastos da Secom (Secretária de Comunicação Especial da Presidência) entre 2019 e 2020. A informação é do site The Intercept Brasil.

De acordo com a publicação, as notas fiscais entregues pela Secom para a CPI da Covid indicam o "pagamento de cachê". Ao todo, foram enviadas 263 notas sobre a realização desse tipo de ação e que totalizam R$ 4.846.601,72. O site analisou 139 notas e chegou a soma de R$ 4,3 milhões. A Globo e afiliadas não aparecem na lista.

O maior cachê da gestão Bolsonaro foi para a dupla Simone e Simaria para a campanha sobre o Combate à Violência Contra a Mulher. As irmãs receberam R$ 1 milhão. Datena e Catia Fonseca, da Band, Ana Hickmann, Luiz Bacci e Ticiane Pinheiro, da Record, Nelso Rubens, da RedeTV!, e Lívia Andrade, do SBT, dividiram os R$ 696 mil restantes.

“A contratação deste formato de mídia, no qual se utiliza da imagem/credibilidade do apresentador para divulgar um produto, marca ou serviço, implica além do custo de veiculação, conforme práticas comerciais dos veículos de comunicação, pagamento de valores referentes a direitos autorais/correlatos/cachês, normalmente estabelecido pela determinação percentual sobre o valor de veiculação”, esclarece a Secom nas próprias notas fiscais.

O pagamento acontece diretamente aos CNPJs dos apresentadores nos casos de Sikêra Júnior, da Rede Tv!, Tino Júnior, da Record, e Marcelo de Carvalho, sócio e vice-presidente da RedeTV!. Já os demais é realizado para as próprias emissoras. Com isso, não é possível precisar como é feita a divisão do valor entre empresas e funcionários.

A campanha sobre "cuidado precoce", nome utilizado para fugir dos problemas com a recomendação sobre tratamento com medicamentos sem comprovação científica contra a covid-19, teve R$ 746 mil direcionado para cachê de celebridades. Influencers receberam R$ 352,6 mil desse montante, e radialistas ficaram com R$ 247,2 mil.