Caio Ribeiro diz que diagnóstico de câncer foi 'porrada no estômago'
O comentarista Caio Ribeiro, 46, da Globo, fazia alongamento quando o fisioterapeuta Cadu Ramos observou a presença de um nódulo em seu pescoço. O profissional, então, orientou o ex-jogador a conversar com o próprio pai a respeito, o patologista Dorival José Decoussau.
Foi aí que o médico disse ao filho, "Caio, você vai para o hospital amanhã, sei quando há um mau jeito ou uma picada de inseto."
No dia 7 de julho, o ex-atleta recebeu o diagnóstico: linfoma de Hodgkin, um tipo de câncer que atinge o sistema linfático, composto por órgãos e tecidos que produzem células responsáveis pela imunidade do corpo. A notícia, segundo ele, foi o momento mais doloroso.
"Nessa hora machuca, bate um medo, e você pensa que sempre fez esporte, se cuidou. Tenho muita coisa para viver com a minha família", diz em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.
O comentarista conta como tentou esconder a doença do público, principalmente para preservar os filhos, Valentina, 6, e João Gabriel, 10, e o que fez para conseguir manter o seu otimismo ao longo dos dois meses de sessões de quimioterapia.
Durante o tratamento, pediu à Globo para que continuasse trabalhando, como forma de espairecer.
"Enfrentei da melhor maneira, graças a Deus, muito em função da onda de apoio que recebi. Foram 40 mil, 50 mil mensagens nas redes sociais, uma mobilização que me deixou emocionado."
Caio decidiu trazer o caso a público em razão das consequências do tratamento e escolheu a noite de sexta-feira, 3 de setembro, véspera do feriado prolongado da Independência, por duas razões: os programas de fofocas só voltariam na segunda, e os filhos, sem aula escolar, estariam em casa, diz ele.
Caio diz que está super bem. Ele diz que terminou as sessões de quimioterapia, e a resposta ao tratamento foi perfeita.
“Estou aguardando alguns dias para começar as sessões de radioterapia, que é tranquila, e devo voltar aos estúdios para fazer programas e jogos [a partir desta semana]. Quando você recebe a notícia [da doença] é um choque, é uma porrada na boca do estômago. Nunca imagina que aconteceria. Eu falo linfoma de Hodgkin. Evito a palavra câncer, porque traz lembranças ruins. Dói contar para sua família, porque todos ficam inseguros em relação aos próximos passos. Tive que encarar, seguir em frente.”