/75894840/JA_E_NOTICIA_AMP_TOPO |

Ex-policial militar de AL preso na PB foi expulso da Corporação há uma semana por crime de deserção

Por redação com G1/AL 21/10/2021 16h04 - Atualizado em 21/10/2021 16h04
Ex-PMAL - Foto: Reprodução

O ex-policial militar de Alagoas, Flávio Luciano Nascimento Borges, preso na manhã desta quinta-feira (21) na Paraíba por chefiar uma organização criminosa que fraudava concursos públicos, foi exonerado da Corporação há apenas uma semana. Segundo a PM-AL, o motivo da expulsão foi o então cabo desertar em 2019.

A prisão foi realizada no âmbito da Operação Loki, que cumpriu cerca de 80 mandados expedidos pela Justiça alagoana em Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Sergipe.

A assessoria disse ainda que Flávio Borges foi "licenciado ex-officio" após desertar, ou seja, quando o militar "deixa de comparecer, sem licença, à unidade onde serve por mais de oito dias consecutivos". A ação é considerada crime pelo Código Penal Militar.

Flávio Luciano Nascimento Borges ingressou na Polícia Militar de Alagoas em 2006, mas "não pertence mais às fileiras da Corporação". O licenciamento foi publicado no Boletim Geral Ostensivo (BGO) da PM do dia 14 de outubro deste ano.

A reportagem questionou a PM-AL se, do dia que desertou até a publicação da expulsão, Flávio Borges continuou recebendo salário pago pelo governo de Alagoas, mas não obteve resposta até a última atualização desta matéria.

No Portal da Transparência do Governo do Estado de Alagoas, há registros de uma série de movimentações financeiras em que Borges aparece como favorecido, que totalizam R$ 13.148,32.

As movimentações registradas variam de 2014 até 2021. Algumas delas são registradas como "pagas", outras como "canceladas por GR" e algumas como excluídas. Quatro dessas operações aparecem classificadas como "sem situação"

pp_amp_intext | /75894840/JA_E_NOTICIA_AMP_02

Prisão em 2017

Em maio de 2017, a Polícia Civil da Paraíba prendeu Flávio Borges, com 34 anos e o irmão Vicente Fabrício Borges, de 32 anos, em um condomínio de luxo em João Pessoa. Segundo a polícia, os irmãos chefiavam uma quadrilha suspeita de fraudar pelo menos 60 concursos públicos em seis estados do Nordeste.