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Delegado conta que vereador que fingiu sequestro chegou a queimar o próprio veículo

Por Sidinéia Tavares/Redação 29/10/2021 12h12 - Atualizado em 29/10/2021 12h12
Gustavo Xavier - Foto: Reprodução

O delegado Gustavo Xavier, da Divisão Especial de Investigações Criminais (Deic) informou nesta sexta-feira, 29, que o vereador por Boca da Mata, Manoel Remerson Almeida da Silva, conhecido como Remerson Varela (PP), que noticiou falsamente seu sequestro chegou a queimar o próprio veículo.

O suposto sequestro do vereador foi noticiado pelo próprio parlamentar através de vídeos publicados nas redes sociais, onde ele afirmava que homens armados o abordaram, sequestraram, rasparam todo dinheiro de sua conta e o abandonaram em um local distante.

Leia a matéria sobre o caso aqui: Vídeo. Vereador Alagoano é vítima de sequestro relâmpago e tem contas raspadas


A informação falsa foi descoberta pelo secretário de Segurança Pública, Alfredo Gaspar, que havia mobilizado o aparato de segurança do estado para investigar o caso.

Leia a matéria sobre a descoberta aqui: Vídeo. Vereador por Boca da Mata mentiu sobre sequestro relâmpago, diz Alfredo Gaspar


Na manhã desta sexta-feira, 29, o delegado responsável pelo caso, Gustavo Xavier afirmou que o vereador irá responder por falsa comunicação de crime e, caso tenha acionado o seguro do carro, também responderá por fraude.

"A nossa conclusão é que o vereador cometeu falsa comunicação de crime, conduta pela qual ele responderá. Além disso, o veículo dele foi queimado e caso ele tenha acionado o seguro em razão dessa conduta, responderá também pelo crime de fraude para recebimento de valor de seguro", disse Xavier.

O vereador ainda não foi ouvido oficialmente, mas ele teria afirmado ao secretário Alfredo Gaspar que havia misturado álcool e remédios controlados para justificar o crime.

"Nós ainda vamos ouvi-lo oficialmente, mas o crime em si envolvendo esse criminosos que teriam sequestrado, arrebatado esse vereador e deixado na divisa entre Alagoas e Sergipe, não houve. O crime ocorreu por parte do vereador de ter noticiado um crime inverídico, falso, inexistente e, com isso, ter mobilizado toda a estrutura da segurança pública para verificar um crime que não ocorreu", completou o delegado.