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Atriz norte-americana diz que come fígado cru para melhorar fertilidade

Por Redação, com Metrópoles 14/03/2022 11h11 - Atualizado em 15/03/2022 12h12
Atriz diz que come fígado cru - Foto: Reprodução

A atriz estadunidense Heidi Montag causou polêmica nas redes sociais após anunciar aos seguidores que aderiu a uma nova dieta. Em vídeo publicado no TikTok, a artista de 35 anos diz que passou a comer fígado, coração de boi e outros tipos de carne crua e defendeu “todos os benefícios da prática”.

Apesar de muitos internautas a acusarem de tentar a todo custo chamar atenção da mídia, em entrevista à revista People, a atriz da série The Hills: New Beginnings explicou que passou a se alimentar com a carne sem cozimento em uma tentativa de melhorar seus níveis de fertilidade.

“Estou tentando engravidar há mais de um ano e meio, e por isso estou disposta a tentar coisas diferentes”, declarou. “É uma ótima fonte de nutrientes. Eu comecei a me sentir incrível depois de começar essa dieta. Muito mais energia, clareza, aumento da libido e melhora geral na dor crônica que tive”.

Montag diz que começou a explorar novas possibilidades porque ela e o marido estão tentando conceber um segundo filho. Contudo, o consumo de carne crua é altamente condenado por especialistas, sobretudo para mulheres que estão tentando engravidar.

Alerta profissional

“Não existe nenhuma relação entre o consumo de carne crua e fertilidade feminina. Na verdade, há uma forte contraindicação, porque esse tipo de ingestão não é recomendada e pode resultar, inclusive, em um problema de saúde”, alerta o médico nutrólogo Kaue Kranholdt, do espaço Volpi.

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A fertilidade feminina está relacionada ao status de saúde global da mulher. Ou seja, fatores como uma dieta equilibrada, saúde mental — exposição a estresse, qualidade do sono e prática de atividades físicas.

“Para uma mulher que está tentando iniciar uma gestação, isso é condenável, porque o consumo de carne crua aumenta substancialmente a chance de contrair enterobactérias e outros parasitas, responsáveis por uma extensa gama de infecções no organismo humano. Isso é outro ponto que torna essa ideia maluca”, elucida Kranholdt.

Na lista de problemas de saúde estão a toxoplasmose, e quadros ocasionados por tênias, entre outras doenças e agentes infecciosos, como salmonella, escherichia coli. “Para se proteger desses parasitas, o ideal é que a carne seja preparada em temperaturas acima de 70 graus”.

“Eu espero que outras pessoas não sigam essa recomendação que não tem nenhum respaldo científico como é altamente maléfica”, defende o nutrólogo.