Alagoas tem a menor taxa de gravidez na adolescência dos últimos cinco anos
De acordo com dados Sistema de Informação de Nascidos Vivos (Sinasc), o Estado de Alagoas vem declinando nos últimos cinco anos com relação ao número de nascidos vivos de mães na faixa etária de 10 a 19 anos. Em 2017 esse número era de 12.352, em 2018 baixou para 11.942, em 2019 reduziu para 10.756, em 2020 caiu para 9.855 e em 2021 a taxa chegou a 9.536. Ou seja, nos últimos cinco anos houve uma queda de 22,8% nessa taxa.
Thalyne Araújo, coordenadora de saúde do adolescente da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), explica que a maioria dos casos de gravidez na adolescência é indesejável e que isso ocorre por falta de informação e falta de apoio das redes familiares e comunitárias. “Independentemente de ser planejada ou não, a gravidez precoce aumenta o risco de óbito materno e infantil, bem como o risco de parto prematuro, anemia, aborto espontâneo, eclampsia e depressão pós-parto”, esclarece a coordenadora.
Thalyne afirma, ainda, que a queda nesse número está diretamente relacionada aos debates que vêm sido realizados nos 102 municípios de Alagoas, por meio do Programa Saúde na Escola (PSE), sempre com o apoio logístico da Sesau. Esses debates giram em torno da prevenção da gravidez na adolescência e da discussão sobre o desenvolvimento afetivo enquanto aspecto inerente ao desenvolvimento da sexualidade.
O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) considera a gravidez na adolescência uma questão de saúde pública, pois as mães mais jovens podem enfrentar maiores riscos de morte e de invalidez durante a gestação e na hora do parto. Além disso, a jovem grávida tem sua infância abruptamente interrompida, uma educação reduzida e perda de oportunidades.