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Entenda como homem condenado por mais de 100 estupros fugiu de presídio em Goiás

Por redação com G1 16/05/2022 21h09
Wanderson Alves Carvalho, conhecido como 'dentinho' - Foto: Divulgação/DGAP

Encerrando as investigações sobre a fuga de Wanderson Alves Carvalho, que foi recapturado em Belém, a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) de Goiás divulgou que o detento pulou um alambrado da área externa que estava limpando. Segundo o órgão, a investigação interna será concluída e, voltando a um presídio goiano, ele não terá mais o benefício de trabalhar.

"Ele estava preso desde 2004 e sempre apresentou bom comportamento. Mesmo com alto nível de pena, ele foi autorizado a participar de ressocialização. No entanto, ao retornar, ele vai ter essa classificação por dois anos, de falta disciplinar, e isso vai prejudicar a progressão de pena dele", explicou o diretor-geral de Administração Penitenciária de Goiás, Josimar Pires.

Quando fugiu do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, em 17 de dezembro de 2021, Wanderson já havia cumprido 17 anos da sua pena de 196.

Segundo a DGAP, o preso havia sido escoltado, com outros detentos, pela Guarda Civil Metropolitana para limpar a base do Grupo de Guaritas e Muralhas (GGM), que fica na área externa do Complexo.

"Ele pulou o almbrado da área que estava, fora da unidade prisional, uma área de manutenção. A companheiro o ajudou no transpoirte e logística da fuga", contou o diretor.

As investigações não apontaram se "Dentinho", como era conhecido, estava trabalhando ou apenas escondido no imóvel em que estava morando com a companheira que o ajudou a fugir. Segundo a DGAP, as equipes policiais cercaram a região e, ao notar que seria preso, o condenado entrou em contato com o advogado e negociou a rendição.

Ainda segundo Josimar, o preso estava novamente acompanhado da mulher quando se entregou e ela foi ouvida pela Polícia Civil do Pará que deve determinar se ela deve ou não responder por tê-lo ajudado na fuga.

"Dentinho" foi condenado a 196 anos de prisão e ainda tem processos correndo na Justiça, segundo a DGAP. O preso é apontado como autor de mais de 100 estupros em Goiás.