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Maioria dos casos notificados de HIV em Maceió é de pessoas de 20 a 34 anos

Por redação com G1/AL 20/09/2022 18h06
Testagem rápida de HIV - Foto: Carla Cleto

Maceió registrou 226 casos de HIV esse ano. Dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) apontam que a maioria dos casos notificados é de pessoas de 20 a 34 anos. Dentro dessa faixa etária, foram 127 testes positivos.

O segundo grupo entre os mais infectados pelo vírus na capital alagoana é de pessoas de 35 a 49 anos. Esse ano, o registro para essa faixa etária foi de 55 casos positivos.

O teste rápido é um aliado para o diagnóstico precoce. Em Maceió, os testes são oferecidos gratuitamente em todas as unidades de saúde do município e também no PAM Salgadinho. O resultado sai em poucos minutos.

Apesar de não ter cura, o diagnóstico precoce, com o tratamento adequado, pode evitar que a pessoa chegue ao estágio mais avançado de presença do vírus no organismo, desenvolvendo, assim, a Aids.

“Os testes rápidos atuam como uma importante ferramenta para o diagnóstico e consequente tratamento precoce do HIV, e hoje, a população tem fácil acesso a esse serviço. Esse instrumento [testagem] é muito importante, já que tem muitas pessoas que desconhecem a sua sorologia”, disse a gerente do Programa de IST/HIV/Aids e Hepatites Virais da SMS, Géssyca Cavalcante.

Em Maceió, quem recebe o diagnóstico positivo é encaminhado para os centros de atenção especializada para tratamento e atendimento com uma equipe multidisciplinar.

O que é preciso para fazer o teste?


Os testes são feitos nas unidades de saúde de Maceió de segunda a sexta-feira. É preciso apresentar documento de identidade, comprovante de residência e cartão SUS. O teste também é oferecido para as pessoas em situação de rua, que não apresentem documentos.

HIV e Aids: qual a diferença?


Viver com o HIV é diferente de ter Aids. HIV é a sigla em inglês para vírus da imunodeficiência humana. Ele ataca principalmente células do sistema de defesa chamadas CD4 e nos torna mais vulneráveis a outros vírus, bactérias e ao câncer.

No entanto, a maioria das pessoas que têm HIV não têm Aids porque no Brasil o tratamento com remédios chamados antirretrovirais é universal e acessível pelo SUS. As pessoas com HIV e que se tratam têm a mesma expectativa de vida das pessoas que não têm o HIV.

Apenas as que não se tratam ou sofrem algum tipo de problema na terapia não conseguem reduzir essa replicação e desenvolvem Aids, que é a síndrome da imunodeficiência adquirida, um conjunto de sinais e sintomas relacionados à falência do sistema de defesa, caracterizada por uma série de infecções oportunistas e câncer.