MPF cobra mapeamento de grupos culturais que existiam nos bairros de Maceió afetados por rachaduras
O Ministério Público Federal em Alagoas (MPF-AL) deu prazo de um mês para que a Braskem apresente um plano de medidas emergenciais voltadas ao mapeamento das manifestações culturais que existiam nos bairros afetados pelas rachaduras em Maceió. O pedido foi feito durante uma reunião ocorrida na terça-feira (4).
Estiveram presentes, de forma virtual, representantes da Prefeitura de Maceió e da mineradora. Segundo o MPF, diante do processo de realocação, que começou em janeiro de 2020, as pessoas que fazem parte das manifestações artísticas e folclóricas que moravam nos bairros afetados, foram dispersadas e com isso, passou a existir uma insuficiência de dados sobre o patrimônio imaterial da região.
O objetivo do levantamento é criar uma base para elaboração de projetos voltados para a preservação do patrimônio histórico, cultural e imaterial.
A Braskem informou que as ações estão em fase de planejamento e aguarda prosseguimento do Plano de Ações Sociais (PAS), previsto no Termo de Acordo Socioambiental.
Grupos culturais já demonstraram preocupação
A preocupação em manter o patrimônio imaterial dos locais afetados pelas rachaduras já foi manifestada pelos grupos culturais. Em maio de 2021, representantes do setor estiveram reunidos com a Prefeitura de Maceió e entregaram ao Município documentos sobre a ameaça de extinção da cultura local.