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Arapiraca recebe show-tributo a Janis Joplin neste sábado (8) com Myrna Araújo

Por redação com assessoria 07/10/2022 19h07
Cantora radicada em Arapiraca, Myrna Araújo - Foto: Assessoria

Se viva, hoje a cantora Janis Joplin estaria com 79 anos. Ícone da contracultura mundial, ela morreu aos 27 anos, em um 4 de outubro de 1970. A contar com esta última terça-feira (4), já são 52 anos sem sua voz, suas cores, sua força hippie gritando por liberdade em todos os âmbitos.

Por ter partido tão jovem aos 27, entrou para o “clube” com Jimi Hendrix, Brian Jones, Amy Winehouse, Kurt Cobain, Robert Johnson e tantos outros gigantes da Música que deram tudo de si até esta tenra idade. Muita energia de uma só vez.

E um pouco desta vibração estará sendo liberada no público arapiraquense neste sábado (8) em show memorável no Pub Treze (@pubtreze), às 22h.

A cantora radicada em Arapiraca, Myrna Araújo (@myrnaaraujol), encarnará Janis em um tributo especial tendo a banda Casa da Mata como base, agora sob a alcunha de “The Kozmic Band”. Ao longo do show, várias surpresas ocorrerão.

O ingresso para esta apresentação será de apenas R$ 10, podendo ser adquirido no Pub Treze, bar alternativo situado na Praça Santa Cruz (acima do Memorial da Mulher Ceci Cunha), no bairro do Alto do Cruzeiro, em Arapiraca.

Até lá, já conversamos com a cantora de Palmeira dos Índios radicada em Arapiraca, Myrna Araújo, de 35 anos — que começou a cantar ainda aos 15 —, para falar um pouco mais sobre esta que é uma de suas grandes paixões: a Música.

Confira o ping pong logo abaixo:

Como surgiu esse vendaval chamado Janis Joplin em sua vida? Foi em que ano? Quem lhe apresentou a cantora?


Primeiramente, muito obrigada pela oportunidade de falar um pouco do meu trabalho e do meu amor por essa cantora que vem marcando minha vida! Olha, a primeira pessoa que falou de Janis foi o Phéla, cantor da Som de Vinil e Cachorro Urubu, em Maceió. Eu estava ensaiando no estúdio dele com a banda Blues Mascavo e ele sugeriu "Piece of My Heart" no repertório da banda. Colocamos imediatamente. Mas o tributo, de fato, só rolou por conta da dona do Bar Zeppelin, a Rita. Ela é muito, muito fã da Janis! Depois de muita conversa, decidi montar a banda e marcamos o primeiro show lá mesmo no Zeppelin. Eu nem imaginava que ia dar a quantidade de gente que deu! Não sobrou nenhuma mesa! Tinha gente cantando as músicas dela nas primeiras mesas, dançando... Nossa! Foi muito lindo! Foi a grande mudança da minha vida. Era fevereiro de 2019.

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Você tem uma tatuagem da Janis no braço direito. O que significa para você colocar em sua pele para sempre o rosto desse grande ícone da Música mundial?

Quem tatuou foi a Gleyce, do Estúdio Leste Oeste, que também é muito fã de Janis. Fiquei sabendo pelo baterista que toca comigo que ela sempre quis tatuar a Janis! Na semana seguinte, eu estava lá tatuando (risos). Eu acredito muito que existe uma transformação enorme dentro de mim todas as vezes que eu canto qualquer música dela. Algo que faz transcender qualquer técnica vocal que eu tente estudar para conseguir cantar suas músicas! A tatuagem é uma homenagem por conseguir acessar e expressar um pouco da arte dela para quem se dispõe a me ouvir.

Você fez curso de Música na Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Quando se formou? Como brotou essa paixão pelo canto?


Sim, fiz bacharelado em Canto na Ufal e foi muito louco (risos)! Meu Ensino Médio inteiro, os 3 últimos anos, eu queria fazer Educação Física. Eu jogava handball; era apaixonadíssima. Mas quando fui me inscrever no vestibular, em meados de setembro de 2004, eu vi que tinha a opção “Música Bacharelado em Canto” e mudei na hora! Daí fiquei sabendo que tinha que fazer um teste de aptidão antes e tive um mês para estudar partitura, harmonia… uma loucura, mas eu fiz aulas com a Simone, que na época tinha a escola de Música Villa-Lobos, e em outubro fui lá fazer a prova e passei! Fui a única aluna que passou no curso daquele ano! Sim, eu fazia aula sozinha, mas pagava algumas matérias com o pessoal da Licenciatura. Eu comecei cantando na igreja com 15 anos e minha mãe me incentivava muito também. Meus pais nunca disseram uma palavra negativa em relação às minhas escolhas musicais. Eu sou muito abençoada e agradecida por ter os pais que tenho!

Essa paixão deu lugar a uma escola de música em Maceió, que tem seu nome. Iniciou quando esse sonho? Há aulas de que por lá, além de canto?


Esse sonho começou por conta da minha melhor amiga, Marina Reis. Na época, ela era secretária da Escola de Música que eu dava aula e, conforme nós fomos ficando mais amigas, ela percebia que eu tinha condições de ter meu próprio espaço; que meu nome poderia render uma quantidade legal de alunos. Nós começamos a fazer o planejamento e iniciamos em agosto de 2018 em uma sala pequena lá no bairro do Pinheiro, com poucos alunos — que pelo menos conseguisse pagar os custos. Hoje, nós temos dois professores de canto, Makson e eu; uma professora de expressão corporal; dois professores de violão; e um de teclado. Marina é minha sócia, minha amiga e minha irmã!

Você fez um tributo à Janis no Vinil um vez, certo? Quando foi?


Sim, fizemos! Foi 2019. Lembro que tava fazendo frio e Marcius nos recebeu incrivelmente bem!!! Aguentou a gente até às 5h da manhã para retornarmos a Maceió.

Como é voltar para Arapiraca com este projeto, agora com uma nova banda-base? Como está coração?


Olha, eu estou muito ansiosa, nervosa e feliz! Meu coração também está cheio de gratidão ao Casa da Mata. Eles pegaram o repertório muito rápido e a sintonia está incrível! Eu gostaria de falar muito mais desses músicos incríveis, mas vocês já conhecem eles (risos).

O que esperar deste show no Pub Treze, em plena semana da morte da Janis? Data simbólica, né?


Como eu disse, a banda é incrível! O show está redondinho e teremos intervenções artísticas para deixar ainda mais lindo! E eu sempre me jogo de corpo e alma. Ela, a Janis, era incrivelmente linda e talentosa. Ela sofreu coisas que eu entendo pessoalmente… o jeito que ela cantava era exatamente como eu sempre quis cantar. Não chego nem na unha do dedo mindinho dela, mas ela me inspira e faz acordar uma mulher gigante dentro de mim.