ASA firma acordo com meia Gilsinho em dívida que chegava a quase R$ 2 milhões
A diretoria da Agremiação Sportiva Arapiraquense (ASA), por meio de seu departamento jurídico, conseguiu uma grande vitoria fora das quatro linhas. Uma dívida trabalhista do clube com um atleta que se arrastava há bastante tempo conseguiu chegar ao fim, após as partes chegarem a um acordo.
O meia Gilsinho foi contratado pelo ASA na temporada 2013 para defender o clube durante o Campeonato Brasileiro da Série B. Cercado de expectativas pela torcida, o atleta pouco atuou e acabou acionando o clube na justiça após acordos do clube com o atleta não terem sido cumpridos.
Após se arrastar por vários anos, sendo inclusive feitos novos acordos, o processo finalmente teve um final feliz, a diretoria executiva do ASA, juntamente com o departamento jurídico do clube chegou a um acordo com o atleta e seus advogados para que a dívida fosse paga e encerrada. O acordo firmado foi de que o Alvinegro pagará R$ 800 mil integrais, sendo R$ 600 mil para o atleta e R$ 200 mil para o advogado.
“Foi um acordo histórico para o clube. Era a maior divida trabalhista do ASA. Algumas pessoas classificaram o acordo como ruim para o time, mas a dívida vem atualizando desde 2013. Sempre vínhamos tratando com o advogado do atleta e todas as vezes obstáculos apareciam para que o acordo fosse fechado. Nem sempre conseguimos fechar acordo quando o credor tem execução em tramitação. Graças a Deus através de valores de cotas da Copa do Brasil conseguimos chegar ao acordo. A dívida atualizada girava em torno de 1 milhão e 989 mil reais. Conseguimos fechar a dívida para que o jogador receba o valor de 600 mil. Na minha visão, pois venho acompanhando esta luta a um certo tempo, foi um acordo muito bom e importante para o ASA”, destacou o diretor jurídico do clube, Michael Dantas, em entrevista a rádio 96 FM de Arapiraca.
O processo
Na época, o jogador alegou que, na disputa do Campeonato Brasileiro da Série B de 2013, em uma partida contra o Palmeiras, ele teria sofrido uma fratura no pé, em um lance de jogo. Ainda segundo relatou o jogador, o ASA não teria fornecido o tratamento médico adequado. O jogador ainda citou um acordo extrajudicial, onde não teria sido auxiliado por Sindicato, Ministério do Trabalho e Emprego ou seu advogado, segundo o próprio.
Também reclamou que teve seu salário reduzido e não concluiu o contrato de quatro meses com o ASA. O jogador revelou que, na época, teria firmado salário de R$ 22 mil, sendo R$ 4.700,00 na carteira e R$ 17.500,00 por meio de contrato de imagem.
Em 2014, o atleta havia entrado com uma nova ação contra o clube, requerendo a nulidade do acordo extrajudicial, pagamentos das verbas rescisórias (13º salário e férias proporcionais), FGTS não depositado, Cláusula Compensatória Desportiva (pela rescisão antecipada do contrato), Dano Moral e Assédio Moral em virtude da proibição de exercer seu tratamento médico e de trabalhar sob normais condições, além de indenizações referentes ao acidente de trabalho sofrido (Seguro Obrigatório do artigo 45 da Lei Pelé e Estabilidade Provisória).