Justiça decreta prisão do ex-vereador Gabriel Monteiro
A 34ª Vara Criminal do Rio de Janeiro decretou a prisão preventiva do ex-vereador Gabriel Monteiro, nesta segunda-feira, 7. Ele é acusado de um estupro que teria ocorrido em 15 de julho deste ano. A informação é o jornal O Globo.
Conforme a reportagem de Anselmo Gois, na denúncia consta que a vítima conheceu o suspeito na reinauguração da boate Vitrinni, na Barra. Pouco depois, eles saíram da casa noturna para ir à residência de um amigo do ex-parlamentar, localizada no bairro do Joá, na Zona Sul do Rio.
Ao chegar na residência, segundo o relato, Monteiro teria constrangido a vítima a fazer sexo com ele, mediante violência. Para isso, ele usou uma arma, que passava no rosto da mulher, e a empurrava na cama, segurando os braços e batendo em sua face.
Além da prisão do ex-parlamentar, a Justiça determina que sejam apreendidos os celulares e armas de fogo de propriedade dele. O processo está em segredo de justiça.
Outras acusações
Entre as denúncias contra Gabriel Monteiro, estão a de supostos casos de assédio moral e sexual, além de estupro. Ex-assessores também expuseram que ele teria praticado sexo com adolescentes, na frente de outras pessoas, e ainda teria filmado os atos.
Em agosto, uma das quatro vítimas que o acusam contou em depoimento à polícia que o parlamentar apontou uma arma para a sua cabeça, depois que ela pediu para ele parar o ato sexual. Os trechos do depoimento foram divulgados pelo Fantástico, da TV Globo.
O episódio ocorreu no dia 14 de maio de 2017, logo após sair de uma casa noturna no Rio com o ex-vereador. Os dois entraram no carro dele, onde começaram o ato sexual. Monteiro teria ficado agressivo e começado a dar tapas no rosto e socos nas costelas da vítima. Nesse momento, ao pedir para parar, ele teria sacado a arma e apontado para a cabeça dela.
Ele teria ainda filmado o ato e enviado o vídeo aos seus contatos por WhatsApp. Ela conta que procurou o hospital no dia seguinte à agressão. No prontuário da paciente está escrito "hipótese diagnóstica: violência sexual". "Ele falava diretamente que ele não gostava de maiores de 18 anos", disse uma testemunha.
Luisa Batista, uma das ex-assessoras que relatou assédio sexual e moral do vereador contou em depoimento que ele tinha plena consciência de que jovens com quem se relacionava eram menores de idade.
Mandato Cassado
Em 18 de agosto deste ano, a Câmara do Rio de Janeiro cassou o mandato de Monteiro, que estava no centro de um processo motivado pela acusação de quebrar, de várias formas, o decoro parlamentar. Na ocasião, o parlamentar atribui essas alegações a adversários, supostamente para "destruí-lo". O vereador também afirma ter contrariado interesses de uma suposta "máfia do reboque".