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Como o aumento de casas de apostas no Brasil influencia diretamente no futebol

10/11/2022 06h06
Estádio de Futebol - Foto: Thomas Serer on Unsplash

É cada vez mais clara a presença das plataformas de apostas em nosso país, deixando evidente que o massivo investimento das empresas deste segmento tem como alvo a maior paixão nacional: o futebol.

No Brasil este é um fenômeno relativamente recente, porém na Europa o mercado de apostas esportivas vem de décadas, regulamentado e garantido pelo governo e leis de cada país. Na Inglaterra, por exemplo, as apostas são legais desde 1960, quando o parlamento britânico aprovou o Betting and Gaming Act.

Mas o que muda com isso? Como este aumento exponencial das empresas do gênero conseguiu em tão pouco tempo entrar de uma forma praticamente irreversível na vida dos aficionados pelo esporte? Para entender isso vamos seguir pelos caminhos das plataformas de apostas, desde a sua regulamentação em nosso país até a presença massiva em campanhas esportivas e até mesmo patrocínio de equipes.

Influência no futebol brasileiro


Desde o início da operação de apostas no Brasil ficou claro que o foco das casas de apostas é o futebol, paixão nacional desde sempre.

Hoje em dia as plataformas de apostas sérias patrocinam boa parte dos times das Séries A e B do Brasileirão. A casa de aposta Betano, por exemplo, patrocina tanto o Fluminense quanto o Atlético-MG, dois gigantes da elite do futebol brasileiro.

Além dessa presença evidente no mercado, a Betano também tem um site em português, métodos de saque e depósito específicos para o mercado nacional e atendimento ao cliente na nossa língua. Ou seja, o posicionamento para conquistar novos clientes é claro.

Outros gigantes das apostas têm patrocínios master ou de menor investimento com diversos times, inclusive no futebol feminino e também patrocinando competições específicas, como o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil.

Regulamentação no Brasil: Afinal é legal ou não apostar?


O presidente Michel Temer sancionou a Lei 13.756/2018, que tornava legal apostas com quotas fixas, dando espaço para as apostas esportivas. Porém, todas as plataformas de apostas não podem ser sancionadas no Brasil, ou seja, as empresas responsáveis pelas casas que hoje estão em vigência para nós apostadores, são todas de origem estrangeira e com capital de outro país, respondendo às legislações do país de origem. Além disso nenhuma pode ter um ponto de venda fixo, o que tornaria ilegal devido as leis brasileiras.

Desde então, vem tramitando no senado uma lei que permita regulamentar 100% as casas de apostas, tornando o mercado mais vantajoso tanto para as casas quanto para os apostadores, onde além de tirar esta pecha de "ilegal" que ronda muitas pessoas, deixaria os apostadores mais à vontade para escolher uma plataforma diferente, uma vez que empresas brasileiras poderiam entrar no páreo com as sediadas internacionalmente.

O prazo final para que esta regulamentação chegue a um acordo ou não é em dezembro de 2022, porém o projeto ainda sofre com resistência de deputados que são contra esta regulamentação, podendo atrasar uma resolução, ainda mais em uma troca de governo, como estamos passando nestes últimos meses de 2022.

Hoje em dia para uma casa ser legal e passar a operar sem problemas em nosso país, ela precisa ter algumas licenças internacionais que garantem a sua legitimidade. As mais respeitadas são as licenças de Malta, Curaçao, Gibraltar e Reino Unido. Estas licenças servem hoje para um apostador definir se a plataforma que ele aposta é segura ou não, com métodos de pagamentos protegidos e saques garantidos, pois sites que não possuem esta licença podem ser danosos à segurança dos seus dados ou mesmo serem uma fraude.

Urgência na regulamentação

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A Zion Market Research, empresa respeitada no ramo de pesquisa mercantil, concluiu que o mercado de apostas deve crescer cerca de 10% ao ano, chegando perto de 160 bilhões de dólares em 2024.

No Brasil, com a regulamentação, estima-se que mais de oito bilhões de reais sejam movimentados por ano, trazendo não só lucro às empresas, mas um desenvolvimento ao país e principalmente ao apostador, que pode ficar mais aliviado tendo a lei do seu país ao seu lado.