Caso Rhaniel: júri popular é adiado mais uma vez
Após ser adiado no último dia 16, o júri popular do Caso Rhaniel poderia acontecer nesta sexta-feira, 2. Porém, depois de nova decisão, o julgamento foi agendado para o dia 12 de dezembro, devido ao advogado de defesa de dois reús, Raimundo Palmeira, ter sido infectado pelo coronavírus e testado positivo para a doença. Foi o segundo adiamento em menos de um mês.
Anteriormente, o promotor de Justiça Tácito Yuri, envolvido no julgamento, havia contraído a Covid-19 e não teve condições de comparecer no Fórum do Barro Duro. Com isso, o júri precisou ser remarcado para o dia 2 de dezembro. Agora, a decisão da Justiça foi de que o julgamento vai acontecer daqui a 10 dias.
Depois de um ano e seis meses, a mãe, o padrasto e o irmão do padrasto de Rhaniel Pedro, 10 anos, o menino encontrado morto com marcas de violência no bairro do Clima Bom, vão ser julgados por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e estupro de vulnerável. O juiz José Braga Neto é o responsável por conduzir este júri.
A investigação apontou que a criança foi morta por espancamento e um objeto foi introduzido em seu corpo para fazer com que a polícia entendesse de que teria ocorrido violência sexual. Inclusive, um preservativo foi deixado na calçada onde o corpo foi abandonado, porém apenas o material genético de Rhaniel foi identificado.
Relembre o caso - O menino Rhaniel Pedro Laurentino da Silva foi encontrado morto com sinais de violência e abuso sexual no dia 13 de maio de 2021, em uma calçada na região próxima da casa onde morava, no bairro Clima Bom, parte alta de Maceió. Na ocasião, a própria mãe de Rhaniel deu entrevistas falando que a criança sumiu após sair de casa para uma aula de reforço escolar. O caso teve forte impacto na sociedade alagoana e ela chegou a receber homenagem do CSA na final do Campeonato Alagoano daquela temporada - Rhaniel era torcedor do clube. Os jogadores entregaram a faixa com a frase "Eternamente em nossos corações - Rhaniel Pedro" aos familiares da criança e deram um abraço simbólico em Ana Patrícia.
Mais de seis meses depois, a investigação do assassinato do pequeno Rhaniel chegou ao fim com as prisões da mãe da criança e do irmão do padrasto dela. A mulher, segundo os delegados, pesquisou sobre homicídio, pornografia, violência sexual contra crianças e formas de desovar o corpo antes do dia 12 de maio, quando o menino foi morto.