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Filho de ex-atacante do ASA, volante de 16 anos assina primeiro contrato profissional com o Flamengo

Por Redação, com ge 02/01/2023 10h10
Filho de ex-atacante do ASA, volante de 16 anos assina primeiro contrato profissional com o Flamengo - Foto: Arquivo Pessoal

Aos 16 anos, Khauan Schlickmann chegou aonde muitos garotos sonham estar. O jogador, que morou em Uberaba dos quatro aos dez anos, assinou o primeiro contrato profissional da carreira com o Flamengo. Ele é filho do ex-jogador Calmon, que teve passagens por ASA de Arapiraca, Coruripe e CRB.

O vínculo com a equipe carioca vai até o fim de 2024 e a multa rescisória do jogador foi estipulada em cerca de 40 milhões de euros.

Khauan está na base no Rubro-negro desde 2021 e conquistou seis títulos. Em 2022, ele foi campeão da Copa Olaria, da Copa Brasileirinho, da Copa Macaé, da Copa Gramado e da Copa Flamengo Adidas.

Com um grande sorriso no rosto e muita simpatia, Khauan conversou com o ge sobre a realização e a responsabilidade de assinar um contrato com um grande clube como o Flamengo enquanto passava alguns dias das férias na cidade do Triângulo Mineiro.

– É uma sensação incrível. Um sonho que toda criança do Brasil e do mundo tem e eu sei muito bem como é isso. Tem que saber lidar muito bem com pressão, tem que ter uma mentalidade muito forte, mas eu sou um cara muito tranquilo, sei lidar com as adversidades do dia a dia e isso é o esforço de muito trabalho. Sem esforço e trabalho a gente não chega em lugar nenhum. Agora é o primeiro contrato de muitos, se Deus quiser – declarar.

O volante “box to box”, que também já foi usado na zaga e na lateral-esquerda, fez 69 jogos pelo clube desde quando chegou. Ele marcou quatro gols e deu dez assistências. Agora, o jovem tem a possibilidade de disputar o Brasileiro sub-17, a Copa do Brasil e o Campeonato Carioca. Segundo ele, a estreia na Copinha deve ficar apenas para 2024.

– Nessa eu não vou, mas meu objetivo é ir na próxima. Tem muito caminho pela frente, mas eu tenho convicção de que vou chegar lá também.

Apesar da pouca idade, Khauan tem uma mentalidade madura e objetiva quando se trata da carreira.

– Eu trabalho com objetivos. A cada ano eu crio uma nova meta: seleção, melhor do campeonato, que, para mim, ter que ser campeão. Mas é isso, e eu sempre crio metas para chegar bem, treinar, performar, evoluir, ser titular e depois penso mais para frente. Tem muito caminho pela frente e preciso fazer por onde. É isso que eu carrego comigo. Tenho minhas metas de seleção, de, se Deus quiser, jogar uma Copa do Mundo, ir para a Europa. Mas preciso ir passo a passo e, naturalmente, as coisas vão seguindo – declara.

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Khauan tem vivido uma vida de gente grande quando o assunto é futebol. Neste ano, esteve ao lado de ícones como Ronaldo Fenômeno e Zico e também sentiu o gostinho da paixão da torcida rubro-negra nas idas ao Maracanã.

Música, praia e pescaria

Nas horas de folga e descanso, tem um item muito especial que não sai do lado do jovem: o pandeiro. Khauan herdou a paixão pelo instrumento do avô paterno, já falecido, que também jogou futebol e atuava como volante.

– O futebol e a música se conectam. Minha família sempre foi da música. O meu avô que me ensinou a tocar pandeiro. Desde pequenininho ele me levava aonde ia, tocava pandeiro, tantan, bongô... O pandeiro está sempre comigo – comenta com carinho.

Além do pandeiro, Khauan também tem outros passatempos. Até mesmo na folga, os hobbies envolvem esporte.

– Eu curto muitas coisas. Quando estou na Praia, jogo futevôlei, altinha, e gosto de pescar também.

Ele também aproveita o tempo livre para brincar com Theo, irmão mais novo, que também é fascinado com futebol. Khauan acredita que pode ser um espelho para o caçula.

– Ele é muito novinho, tem só seis anos, mas foi assim que eu comecei. Ele fala “Mano, vamos jogar bola!”, aí eu vou, incentivo ele. Vou no gol, rolo para ele chutar, brinco muito com ele.

Após sair de Uberaba, Khauan passou pelas bases de Athletico e Coritiba. Agora, ele, os pais e o irmão vivem no Rio de Janeiro.

– Eu só tenho a agradecer a eles, porque não é fácil se mudar lá de Curutiba e ir para o Rio. Quando eu morava em Santa Catarina, minha mãe largou tudo para ir morar em Curitiba comigo na época em que meu irmãozinho tinha acabado de nascer. Ela abriu mão de muita coisa por causa dos meus sonhos e eu sou muito grato a ela. Meu pai também largou o trabalho para ficar com a família e hoje eu estou aqui por causa deles – finalizou.