Jornalistas são presos no Sudão do Sul após divulgarem vídeo em que presidente urina em si mesmo
Seis jornalistas foram presos no Sudão do Sul depois que divulgaram um vídeo mostrando o presidente Salva Kiir urinando em uma cerimônia oficial, informou o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), que exige a libertação dos profissionais de imprensa.
Os jornalistas da televisão estatal foram presos na terça-feira por agentes do Serviço de Segurança Nacional, informou em comunicado o CPJ, que tem sede em Nova York, nos EUA.
De acordo com a organização, que cita a imprensa local e outras fontes próximas ao caso, os repórteres estão sendo investigados após a divulgação do vídeo, que viralizou nas redes sociais em dezembro, mostrando o chefe de Estado urinando em si mesmo em uma cerimônia oficial.
Essas prisões são "uma tendência das forças de segurança de recorrer à detenção arbitrária quando as autoridades acreditam que a cobertura da mídia é desfavorável", disse o representante do CPJ para a África Subsaariana, Muthoko Mumo.
— As autoridades devem libertar os jornalistas incondicionalmente e garantir que eles possam trabalhar sem serem intimidados ou ameaçados de prisão — acrescentou Mumo.
O Sindicato dos Jornalistas do Sudão do Sul também pediu o fim das investigações sobre os seis jornalistas, que são suspeitos de "terem conhecimento da 'sequência precisa' do vídeo divulgado ao público".
— Se houve má conduta profissional ou infração, as autoridades devem tratá-los de forma justa, transparente e de acordo com a lei — afirmou Mumo.