VÍDEO: 9ª Conferência Municipal de Saúde é realizada em Arapiraca
No dias 22 e 23 de março, a 9ª Conferência Municipal de Saúde acontece em Arapiraca. Neste ano, o lema é: 'Garantir direitos, defender o SUS, a vida e a democracia: Amanhã será um novo dia".
A superintendente de Atenção à Saúde, Jackeline Barbosa, explicou como funciona o evento, pontuando que serão discutidas propostas de forma conjunta para que ocorram melhorias no Sistema Único de Saúde (SUS).
"É um espaço para a população, para os usuários do SUS, para que juntos a gente possa discutir propostas de melhorias para o SUS, independente de qualquer gestor, de qualquer gestão ou de qualquer situação política. São propostas discutidas a cada quatro anos e iniciando com esse pontapé inicial nos municípios, daqui sairão propostas para a conferência estadual e consequentemente para a conferência nacional".
O presidente do Conselho Estadual de Saúde, José Wilton, diz que o momento é de atenção com a Rede Básica, focando na prevenção da população.
"Temos que trabalhar uma visão do cidadão não adoecer, que é a prevenção. É mais financiamento para a Rede Básica, porque ela cuida da saúde do cidadão preventivamente. O papel do estado, tá fazendo, Alagoas evoluiu muito nessa questão de ter hospitais, de retaguarda, aqui mesmo tem o hospital do Sertão, da Mata, do Norte... as UPAs. Necessário, mas agora o nosso olhar, principalmente nessa conferência, é o olhar de mais financiamento para o cuidado com o cidadão, para que ele não venha a adoecer", afirma.
De acordo com o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Daniel Nunes, a acessibilidade é um ponto em destaque no evento, fortalecendo a proposta de inclusão presente no lema da conferência.
"Nós pensamos em todos os aspectos de acessibilidade, estamos aqui com o regulamento em braile, estamos aqui com reglete e punção, que é o lápis e o caderno da pessoa com deficiência visual. E aí nós trouxemos também os intérpretes em libras, o pessoal cadeirante também que tá chegando, deficiente físico", disse.
"Então a proposta é realmente garantir esses direitos, para que tenhamos um acesso melhor ao Sistema de Saúde e com isso construirmos um plano pensando tanto na saúde, quanto na inclusão das pessoas de fato, de direito", completa.
Para Rodrigo Lopes, presidente do Conselho na 8ª conferência, que havia sido realizada em 2019, houve um grande retrocesso nos últimos anos, pois as propostas aprovadas no âmbito municipal, estadual e nacional foram ignoradas pelo Governo Federal.
"Infelizmente o Governo Federal anterior ignorou as propostas aprovadas no Plano Nacional de Saúde (PNS) e a gente viu o caos que a Saúde ficou nos últimos quatro anos".