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ASA de Arapiraca, sua história e suas maiores vitórias

O Alvinegro de Arapiraca

Por Victor Hugo / Portal Já é Notícia com Victor Hugo / Portal Já é Notícia 24/03/2023 10h10
Montagem - ASA - Foto: Montagem - Portal Já é Notícia

Fundado em 25 de setembro de 1952, o ASA celebra neste ano 71 anos de existência. Neste período o Alvinegro de Arapiraca passou por várias transformações, inclusive com uma mudança de nome em 1977 deixando de se chamar Associação, para ter o Agremiação incorporado ao Sportiva Arapiraquense.

Os primeiros passos para a fundação do ASA foram dados ainda em 1951 quando a empresa Camilo Collier trabalhava na construção da estrada de ferro, exigindo grande mão-de-obra do povo arapiraquense. Nas folgas, os operários tinham o futebol como um lazer. A partir daí solicitaram aos proprietários da empresa a criação de um campo de futebol para o lazer.

O primeiro time formado pelos funcionários da obra se chamou Ferroviário e tinha como cores o preto e o branco. A partir daquele momento, os jogos da equipe no campo da estação se tornaram um grande ponto de encontro para os arapiraquenses nas tardes dos domingos. Mas, ao fim da obra, o time foi desativado e com isso veio o inconformismo por parte de empresários e autoridades de Arapiraca.

A partir daí reuniões foram realizadas e com o apoio de várias pessoas da cidade foi então fundada a Associação Sportiva de Arapiraca (ASA), tendo como primeiro presidente o Sr. Antônio Pereira Rocha.


"O time que já nasceu campeão"


Em 1953, o ASA disputou seu primeiro campeonato estadual e acabou surpreendendo todos, sendo logo o campeão. Naquela época, o campeonato era dividido em dois grupos onde um deles tinha apenas equipes da capital e no outro, só times do interior. O Alvinegro fez boa campanha e chegou para a decisão contra o CSE de Palmeira dos Índios, vencendo o clássico e se tornando o campeão do interior.

Na decisão, o ASA teria pela frente o Ferroviário de Maceió, mas a equipe da capital se negou a disputar a partida e com isso a Federação Alagoana de Desportos, através do ato nº 6 de 20 de março de 1954 declarou o ASA campeão alagoano de 1953, ato publicado na Gazeta de Alagoas de 7 de abril de 1954.

No mesmo ano, o Ferroviário foi novamente campeão da capital e resolveu jogar a final contra o 29 de setembro de São Miguel dos Campos, campeão do interior daquele ano. Com a vitória do Ferroviário, ele se declarou bicampeão e a notícia se espalhou.

Na época, Arapiraca era apenas a sexta maior cidade do estado e o título de 1953 acabou sendo esquecido, apesar de comemorado pelos torcedores na época. Em 1998, o torcedor Alvinegro, pesquisador e advogado José Pereira Neto, com o auxílio de Lauthenay Perdigão, diretor do Museu dos Esportes de Maceió, encontrou o ato nº 6 publicado na Gazeta de Alagoas, resgatando o título que já estava esquecido pela mídia.

Excursões pelo Nordeste e apelido de Fantasma


Após vencer o seu primeiro campeonato, o ASA passou anos de seca e após as disputas do campeonato alagoano, realizava excursões pelo Nordeste para jogar amistosos contra equipes da região. O time passou a ser chamado de “Fantasma das Alagoas” em razão das brilhantes partidas realizadas, desbancando times do Nordeste.

Anjo das pernas tortas com a camisa Alvinegra


Em 1973, Mané Garrincha jogou quase uma partida inteira vestindo a camisa do ASA. Ele não fez gol, mas correu, driblou e fez a alegria do torcedor que foi prestigiar o amistoso contra o CSA. Ao final da partida o time arapiraquense ganhou por 1 a 0, com a assistência para o gol alvinegro saindo dos pés do eterno “Mané”, aos 32 minutos do segundo tempo.

Garrincha estava se despedindo da torcida brasileira. Seu futebol estava chegando ao fim. Suas pernas tortas já não corriam como antes. Seus dribles já não eram tão eficientes. Mesmo assim, Garrincha jogou e a torcida alagoana entendeu seu drama. Foi intensamente aplaudido em sua despedida.

Anos sem títulos, mas com campanhas históricas


Em 1979, o ASA disputou o Campeonato Brasileiro da Série A. Foram partidas históricas e memoráveis, com o desfecho positivo para o clube, terminando na 40ª colocação em um campeonato com 94 clubes. O Alvinegro começou mal a competição com apenas 1 ponto em 4 jogos, mas a sequência de resultados positivos veio com uma vitória por 2 a 0 contra o Fortaleza, em Arapiraca. A partir daí o Fantasma de Alagoas emendou mais 4 vitórias seguidas e saiu da lanterna do grupo para um segundo lugar, garantindo classificação para a segunda fase.

Na outra etapa da competição, o Alvinegro venceu apenas uma partida, das 7 realizadas, contra o Central-PE por 2 a 1, mas a história já estava feita, o time fez uma campanha histórica, sendo fechada com uma derrota em Arapiraca para o Vasco-RJ por 1 a 0, gol de Roberto Dinamite de pênalti aos 11 do segundo tempo, mas que naquela altura não importava tanto para o torcedor que fez uma grande festa para a equipe.

Equipes como Fluminense-RJ, Botafogo-RJ, Ceará-CE, Bahia-BA, Fortaleza-CE, CRB-AL e Sport-PE, todos ficaram com campanhas piores que o ASA na competição.

Da seca de títulos a consagração na década de 2000


O torcedor do ASA precisou esperar longos 47 anos para tirar o grito de campeão da garganta. Foram anos de sofrimento com campanhas pífias e vice-campeonatos doídos como os de 1967, 1970, 1979 e 1991. Mas em 2000, a torcida Alvinegra pôde enfim soltar o grito de campeão que estava preso.

A campanha foi de oscilação, iniciando com uma derrota para o Murici por 1 a 0 fora de casa, mas sendo finalizada na primeira fase com uma goleada contra o Capela, em Capela por 4 a 1 e se classificando, deixando o CRB de fora da segunda fase. Durante a primeira fase, a equipe mudou de técnico duas vezes. A campanha iniciou com Régis Silva, que deixou a equipe após o empate com o Miguelense por 1 a 1, em São Miguel dos Campos, depois chegou Adeildo Damasceno que ficou duas partidas no cargo, saindo após uma derrota para o CRB, em Maceió por 1 a 0.

Foi neste momento que chegou o técnico que seria o campeão alagoano daquele ano, Paulo Roberto Guilhard. O experiente treinador deu início a sua caminhada no ASA com uma expressiva vitória contra o Corinthians Alagoano, por 3 a 0. A partir daí a equipe engatou uma boa sequencia rumo a classificação, foram três vitórias e seis empates, sem nenhuma derrota, o que fez o Alvinegro conseguir a classificação na última rodada, levando vantagem sobre o CRB no saldo de gols.

No quadrangular final, o ASA precisaria ser campeão, para seguir vivo com o sonho de ser campeão. Nesta fase, o Alvinegro conseguiu o título com uma boa campanha, foram 3 vitórias, 2 empates e apenas uma derrota, sendo que o CSA poderia ter sido campeão alagoano antecipado caso vencesse o duelo direto contra o ASA no estádio Rei Pelé, em Maceió, pela última rodada do quadrangular. No final a partida terminou em 1 a 1 e o Alvinegro ganhava sobrevida na disputa pelo título, onde enfrentaria o próprio CSA em três partidas.

Na decisão do estadual, a primeira partida ocorreu em Arapiraca, empurrado por mais de 10 mil torcedores, o ASA não conseguiu se impor e acabou sendo derrotado por 3 a 1. Bastaria ao CSA um empate em duas partidas que teria no estádio Rei Pelé para conquistar o penta campeonato estadual. Na quinta-feira, dia 6 de julho de 2000, a torcida azulina invadiu o Trapichão na expectativa de que o Azulão levantasse a taça, com festa pronta e tudo para o CSA, o ASA pois “água no chopp” azulino e estragou a festa antecipada vencendo por 2 a 1.

A decisão ficou então para o domingo, 9 de julho. Os guerreiros alvinegros não estavam sós, dezenas de ônibus com torcedores arapiraquenses invadiram a capital alagoana para acompanhar o último jogo da final do campeonato, bastaria ao CSA o empate. Para o ASA só interessava a vitória, foi aí que no segundo tempo da partida, mais precisamente aos 25 minutos, após cobrança de escanteio do lateral-esquerdo Marquinhos, Jaelson subiu sozinho no meio da zaga do CSA e cabeceou para o fundo do gol, quebrando ali o jejum de títulos do ASA e marcando seu nome na história do clube.

Foi o segundo título de uma sequencia de mais cinco que estavam por vir. 2001, novamente contra o CSA, 2003 contra o CRB, 2005 em cima do Coruripe e 2009, além de 2011 novamente contra o Hulk do Litoral Sul de Alagoas. Este inclusive foi o último título estadual do clube, que vive mais uma vez um grande jejum de conquistas. Neste ano o Alvinegro completa 12 anos sem conquistar o campeonato Alagoano.

Asa campeão alagoano 2000

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Em meio ao jejum estadual, ASA conquista bicampeonato na Copa Alagoas

Em 2020, a Federação Alagoana de Futebol (FAF) decidiu inovar e trouxe uma nova competição para a disputa antes mesmo do campeonato alagoano. A Copa Alagoas chegava em um formato interessante e dando vaga para o Campeonato Brasileiro da Série D e a chance de disputar vaga na Copa do Brasil. Competição rápida e com regulamento interessante o ASA, passando por sérios problemas financeiros decidiu investir todas as cartas na Copa e deu certo.

Logo na primeira edição, o Gigante de Alagoas levantou a taça, com uma campanha sem derrotas na primeira fase, mas que na grande decisão o time sofreu, conseguindo o título apenas nas cobranças de pênaltis contra o CEO de Olho D’Água das Flores, em Arapiraca.

Na edição seguinte, em 2021, novamente deu alvinegro. A primeira fase foi sem derrotas novamente, mas na semifinal contra o Jaciobá, decisão por pênaltis, sufoco, mas a classificação veio para enfrentar o Coruripe, dono de uma campanha até então 100% na competição, mas que foi quebrada com uma derrota por 1 a 0 para o ASA, em Arapiraca e o bicampeonato da competição para o Fantasma de Alagoas.

Em 2022, o ASA acabou eliminado na fase de semifinal para o Desportivo Aliança nos pênaltis. A FAF mudou o formato e acrescentou clubes da segunda divisão estadual na Copa.

Façanhas e decepções na Copa do Brasil


Durante os anos 2000, o ASA assombrou muitas equipes e se destacou em campeonatos nacionais que disputou. Foram eliminações de clubes tradicionais na Copa do Brasil, vice-campeonato na Série C, 4 anos de Série B e o inesperado vice-campeonato da Copa do Nordeste.

Em 2002, o clube eliminou o Palmeiras da Copa do Brasil, sendo considerado até hoje uma das maiores zebras da competição. Vitória em Arapiraca por 1 a 0 e na partida de volta derrota por 2 a 1, em São Paulo, mas o gol fora de casa classificou o Alvinegro para a próxima fase. Na oportunidade, o time não conseguiu superar o Confiança-SE e finalizou a participação na competição.

Ainda na Copa do Brasil, o ASA realizou chegou a enfrentar outras equipes tradicionais do futebol brasileiro como Flamengo, em 2006 e Vasco, em 2010. Nos jogos de ida empates em 1 a 1, mas na volta derrotas e eliminações da competição nacional.

Em 2013, o Fantasma chegou a terceira fase da Copa do Brasil pela primeira vez após eliminar Santa Cruz-RN e Ceará-CE nas duas primeiras fases, inclusive vencendo o Vozão, em Arapiraca por 3 a 0 e em Fortaleza foi derrotado também por 3 a 0, avançando nos pênaltis para pegar novamente o Flamengo-RJ.

Desta vez o time perdeu as duas vezes para os cariocas, uma por 2 a 0, em Arapiraca e outra por 2 a 1 no Rio de Janeiro. Em 2015, o ASA voltou a avançar até a terceira fase da competição, após eliminar o São Raimundo-RR e o Vitória-BA na primeira e segunda fase, respectivamente, o Alvinegro teria pela frente novamente o Palmeiras, repetindo o confronto de 13 anos antes. No primeiro duelo, desta vez em São Paulo, o Fantasma segurou o clube paulista e ficou em um 0 a 0.

O jogo de volta, com mando do ASA, foi realizado em Londrina, no Paraná, após a diretoria do clube negociar o mando de campo com um grupo de empresários, transformando o jogo em uma partida com mais torcedores alviverdes. No final o Palmeiras sofreu, mas levou a melhor, vencendo por 1 a 0 e eliminando o ASA da Copa do Brasil. Na época o torcedor do ASA ficou na bronca com a diretoria do clube por conta da negociação.

Com um novo formato, a Copa do Brasil 2017, teria apenas um jogo nas duas primeiras fases, sendo que os clubes melhores ranqueados jogariam por empate na primeira fase e na segunda a igualdade levaria para os pênaltis. O ASA fez valer o regulamento na fase inicial e empatou com a Ferroviária-SP por 1 a 1, avançando de fase, onde enfrentaria o Coritiba no Couto Pereira, no Paraná.

Contra o Coxa, o ASA deu o troco de 2012, vencendo por 2 a 0, em pleno Couto Pereira e avançando para a terceira fase mais uma vez para enfrentar outro paranaense, desta vez o Paraná Clube em duas partidas. No jogo de ida, em Arapiraca empate em 0 a 0, na volta outro empate pelo mesmo placar e decisão por pênaltis, onde o tricolor paranaense levou a melhor e avançou.

Foram campanhas memoráveis e que encheram o torcedor Alvinegro de orgulho, mas o clube também sofreu com a falta de planejamento e amargou eliminações para equipes que eram inferiores, principalmente após o crescimento no cenário nacional que o ASA viveu a partir de 2009.

Em 2011, o Alvinegro estava em formação para mais uma temporada na Série B nacional. Na Copa do Brasil teria pela frente o Horizonte-CE, até então desconhecido, mas que acabou se tornando o algoz do ASA. No Ceará derrota do Fantasma por 3 a 1, na partida de volta, em Arapiraca empate em 3 a 3 e eliminação do clube na primeira fase.

Em 2016, um início de incertezas, mudanças de técnico e eliminação no estadual e na Copa do Brasil não foi diferente, eliminação! O sorteio foi até generoso, Gênus-RO, apesar da fase ruim no início da temporada, o ASA esperava um bom resultado contra o time rondoniense, acabou surpreendido na primeira partida e foi derrotado por 2 a 0. No jogo de volta o time até venceu a partida por 2 a 1, mas não foi suficiente para eliminar o time de Rondônia.

Em 2018 e 2019, já com o novo regulamento da Copa do Brasil, o Alvinegro precisaria apenas de empate para avançar de fase na competição já que atuava como visitante, mas nada saiu como o esperado e eliminações com derrotas por 1 a 0 para Corumbaense-MS e Bragantino-PA. Em 2020 e 2021, o ASA não conseguiu classificação para a copa e acabou ficando fora, após participar por 11 anos consecutivos.

Em 2022 e 2023, o ASA também caiu na primeira fase, mas nas duas partidas atuou como mandante, após perder espaço no cenário nacional e consequentemente cair no ranking de clubes da CBF o clube enfrentou equipes mais forte. No ano passado recebeu o Cuiabá-MT e perdeu por 2 a 0, neste ano empatou com o Goiás e também acabou eliminado na primeira fase.

O renascimento e a queda


O ano era 2008, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) havia publicado mudanças no calendário do futebol brasileiro, criando a Série D. Com isso seria o último ano de disputa da Série C naquele formato. A competição classificaria 4 equipes para a Série B e os clubes posicionados do 5° ao 20° lugares estariam mantidos na competição em 2009, já que passaria a ter apenas vinte clubes em no ano seguinte.

O ASA fez um campeonato muito bom, avançou em duas fases, mas na terceira, onde poderia disputar o Hexagonal final da competição e buscar o acesso para a segunda divisão nacional, deixou a vaga escapar jogando em casa, após perder por 1 a 0 para o Campinense. De qualquer forma, o clube permaneceria na Série C e teria a oportunidade novamente de buscar um acesso.

Equilibrado e com um planejamento sólido, novamente o ASA fez uma competição sem sustos. Na primeira fase terminou em segundo de seu grupo, tendo pela frente o Rio Branco do Acre. No jogo de Arapiraca o Fantasma empatou em 1 a 1, já no jogo de volta, outro empate, desta vez por 2 a 2, em plena Arena da Floresta na capital acreana garantindo o acesso para a segunda divisão nacional por conta do número de gols marcados fora de casa.

Naquele ano, o ASA terminou com o vice-campeonato nacional. Após passar pelo Rio Branco, também eliminou o Icasa-CE na semifinal. Na grande decisão, o Alvinegro foi derrotado duas vezes pelo América-MG, em Arapiraca por 3 a 1 e em Belo Horizonte por 1 a 0. Mas o objetivo principal o clube havia conquistado, o acesso para a Série B 2010.

Nesta competição o ASA passou 4 anos, sendo rebaixado, em 2013. Em 2010, o Alvinegro terminou na 9ª colocação, no ano seguinte o Fantasma ficou em 16º, escapando do rebaixamento na última rodada. Em 2012, o gigante também sofreu, mas conseguiu escapar da queda com antecedência ficando na 13ª posição. Mas em 2013 o clube não conseguiu se segurar na segunda divisão e acabou rebaixado para a Série C, naquele campeonato o ASA finalizou na lanterna da competição.

De volta a Série C, o Asa viveu um momento de reestruturação, mas que acabou não dando certo, no ano do retorno, o clube chegou a última rodada lutando por classificação as quartas de final, mas acabou eliminado ainda na primeira fase. Em 2015, o time avançou de fase em segundo do seu grupo na primeira fase, tendo pela frente o Tupi-MG. No primeiro jogo em Juiz de fora derrota por 2 a 0. O fracasso era iminente e se confirmou no jogo da volta, nova derrota, desta vez por 2 a 1, em Arapiraca e eliminação.

No ano de 2016, o time começou a Série C cheio de incertezas. Visto que a equipe havia fracassado no Alagoano e na Copa do Brasil. Para comandar a equipe foi contratado Jaelson Marcelino, mas devido a divergências com a diretoria, largou o clube no começo da competição, sendo contratado Paulo Foiane, capitão e campeão alagoano pelo clube em 2009 como jogador.

Aos poucos a equipe foi criando liga e flertava com o G-4, entrava saia, mas na última rodada conseguiu uma classificação emocionante ao empatar com o ABC, em Natal e contar com os resultados de outras equipes.

O Asa voltava a fase de mata-mata da Série C. Teria pela frente o Guarani-SP, equipe de melhor campanha do outro grupo. No jogo de ida vitória alvinegra por 3 a 1. Vantagem garantida para o jogo de volta e expectativa grande para o acesso. Mas em campo nada se confirmou e o ASA acabou derrotado por 3 a 0 para a equipe paulista e mais uma vez amargou a eliminação.

Em 2017, expectativas novamente foram criadas, visto que no início da temporada os bons resultados vieram e a equipe formada era experiente e tinha bons jogadores. Mas em campo novamente as coisas não aconteceram e o Alvinegro acabou sendo rebaixado para a Série D do campeonato brasileiro.

Na temporada seguinte, primeiro ano do time na quarta divisão e uma campanha pífia, resultado, eliminação na primeira fase. Em 2018 novamente expectativas foram criadas, o ASA avançou de fase, após boa campanha na primeira, deixando para trás Campinense-PB e Vitória-PE.

Na segunda fase, o adversário seria o Itabaiana-SE, vitória em casa por 2 a 0 no jogo de ida e uma boa vantagem para o jogo de volta, em Sergipe. Só que mais uma vez o Alvinegro não se houve bem no jogo e acabou saindo com a derrota por 4 a 1 e a eliminação da competição.

Em 2020, o ASA chegou ao fundo do poço, após anos de glórias e disputando competições nacionais, o Alvinegro não conseguiu se classificar para disputar nenhum outro campeonato, a não ser Campeonato Alagoano e Copa Alagoas. Os torcedores do clube lamentaram o fato e devido as más gestões o clube arapiraquense voltaria ao ponto de partida.

No ano seguinte e após conquistar a Copa Alagoas, o ASA voltava a Série D, mas mais uma campanha de fracasso foi registrada pelo clube, em 14 jogos, apenas duas vitórias, resultado, eliminação na primeira fase.

Lampions League e o quase novamente


No ano de 2013, o ASA viveu seu ápice em competições disputadas, calendário cheio. As finanças também teriam um bom incremento, devido as cotas que iriam entrar. O que parecia tudo certo para a temporada, deu errado na maior parte dela. O início foi promissor, o clube começou muito bem o estadual, chegando até as semifinais, sendo eliminado pelo CSA.

Só que o auge daquele ano viria a ser a Copa do Nordeste. Um início não tão bom e derrotas nos três primeiros jogos. O ASA precisaria de um milagre para se classificar. O clube teria que vencer os três jogos seguintes, inclusive com um fora de casa. As vitórias vieram e a classificação também.

Nas quartas de final o Alvinegro teve o ABC-RN como adversário. Empate em Arapiraca por 0 a 0 e vitória de virada, em Natal por 2 a 1, classificação garantida para a semifinal. O adversário seria o Ceará-CE, mais uma vez empate, em Arapiraca, desta vez por 3 a 3 e o ápice da temporada foi vivido na Arena Castelão, mais de 50 mil torcedores adversários e uma pequena representação dos Alvinegros de Arapiraca, resultado, gol de Léo Gamalho de cabeça no segundo tempo e classificação heroica do ASA, em pleno Castelão, vitória épica e que jamais será esquecida pelo torcedor do clube. O Fantasma chagava então a decisão da Copa do Nordeste e teria pela frente o Campinense, algoz de outros anos. Novamente o clube paraibano acabou vencendo os dois jogos da decisão e faturou o título do regional de 2013.

O Alvinegro voltou a disputar a fase preliminar da Copa do Nordeste, em 2021, perdendo para o Sousa-PB por 2 a 1, em Arapiraca, a classificação valeria para a competição de 2022. Neste ano, o clube voltou a jogar a fase inicial da Lampions, mas novamente acabou eliminado. Desta vez nos pênaltis para o Ferroviário-CE, após empatar em 1 a 1 no tempo normal.

A reconstrução do ASA


Após anos de tristezas e decepções, a era gloriosa do ASA pode estar voltando. O time bateu na trave em 2022, ficando com o vice-campeonato estadual e na Série D acabou eliminado nas quartas de final para o Pouso Alegre-MG. De qualquer forma o torcedor percebe que as coisas estão sendo feitas com profissionalismo e sendo tomado todos os cuidados para que dentro de campo os resultados voltem a aparecer.

Em 2023 o novo presidente do clube, Rogério Siqueira adquiriu um Centro de Treinamento para o time, sonho antigo do torcedor, para dar melhores condições aos profissionais do clube. Além de outros ajustes que vem sendo realizados principalmente na área jurídica do clube, com relação a processos trabalhistas.