Alagoano que recebeu o primeiro transplante de coração do Nordeste morre aos 51 anos
Aos 51 anos, o paciente Francisco Sebastião de Lima, que até então era considerado o mais longevo transplantado de coração da América do Sul, faleceu nesta terça-feira (11). De Santana do Mundaú, em Alagoas, ele recebeu um novo coração em 1989, quando tinha apenas 17 anos.
O bem-sucedido procedimento foi liderado pelos cirurgiões José Wanderley Neto, que hoje é deputado estadual por Alagoas, e José Teles, médico sergipano. Francisco Sebastião de Lima morreu em decorrência de um melanoma.
Na época da cirurgia, o jovem Francisco Sebastião de Lima sofria com a doença de Chagas. Antes dele, o transplantado de coração mais longevo do país era o advogado Waldir de Carvalho, que viveu até os 82 anos, 32 deles com um coração transplantado no Incor. A cirurgia foi no Incor, na capital paulista, em 28 de agosto de 1986. Waldir morreu em 12 de junho de 2019.
O primeiro transplante de coração realizado no Nordeste mudou a maneira com a qual o país via o exercício da medicina na região e impulsionou avanços que foram responsáveis por salvar milhares de vidas. Para José Wanderley, a cirurgia foi concretizada graças ao apoio do médico brasileiro Euryclides de Jesus Zerbini, que realizou o 5º transplante de coração do mundo.