Suspeito preso em AL por torturar e matar PM se escondeu no Sertão
Após torturar e matar o policial militar Gledson Silva de Gusmão em São Paulo, no ano de 2020, um dos suspeitos do crime fugiu do estado paulista e encontrou no Sertão alagoano um lugar para se esconder da polícia. Mas seus planos de fuga foram interrompidos nesta quinta-feira (3), quando a Polícia Civil de Alagoas realizou a prisão do jovem de 22 anos, que estava no povoado remoto de Santa Cruz do Deserto, em Mata Grande.
O suspeito ainda chegou a ser preso preventivamente em 2020 pela morte do policial, mas ganhou liberdade provisória. As informações são do delegado que efetuou a prisão em Alagoas, Thales Araújo.
"Após algum tempo, no decorrer do processo, ele disse que foi orientado a fugir, o que ele fez, fugindo de São Paulo e vindo se esconder no interior de Alagoas", afirmou o delegado Thales Araújo.
O homem é acusado de participar da morte do policial que estava em um baile funk na cidade de Bertioga, interior de São Paulo, quando foi reconhecido por criminosos membros de uma facção local.
Segundo as investigações, os criminosos arquitetaram o sequestro de Gledson que, na mesma noite, foi levado para um local de mangue. Segundo reportagem de 2020, do G1 de Santos, a região era considerada local de desova do "Tribunal do Crime".
As investigações da polícia de São Paulo apontam ainda que, ao ser levado para o local de mata, Gledson foi torturado por horas até a morte.
"Em questão de horas, o corpo dele foi encontrado pelas forças de segurança e consta que apresentava vários sinais de violência, de crueldade, lesões aparentes, com os mais diversos tipos de objetos, com armas como pedaço de pau, pedras, lâminas e várias perfurações e disparos de arma de fogo. Tudo, simplesmente, porque a vítima fazia parte da segurança pública", disse o delegado Thales Araújo.
Conforme as investigações policiais e que foram reportadas pela imprensa paulistana, quando o corpo do policial foi encontrado, havia indícios de que os criminosos o deixaram com as mãos amarradas.
Ele tinha marcas de tiros e facadas na cabeça, além de ferimentos causados por pauladas no rosto, no pescoço e nas costas. Além disso, o policial recebeu disparos de arma de fogo.
A operação policial foi coordenada pelos delegados Thales Araújo e Rodrigo Cavalcanti. O efetivo utilizado na ação contou com policiais civis da Direção de Inteligência Policial (Dinpol), da 1ª Delegacia Regional de Delmiro Gouveia (1ª DRP) e dos Distritos Policiais de Mata Grande (28º DP) e Inhapi (29º DP).
Agora, o homem preso em Alagoas, será recambiado para o estado de São Paulo, onde responderá criminalmente.