Alemão gasta R$ 5 milhões para deixar coleção de carros raros apodrecer de propósito
Uma coleção de carros raríssimos guardados num lixão não é algo que se vê com frequência – ainda mais de propósito. Isso aconteceu em Dusseldorf, na Alemanha, onde um entusiasta investiu mais de US$ 1 milhão (cerca de R$ 5 milhões) para deixar modelos clássicos apodrecerem em uma floresta.
Michael Frohlich, o dono da coleção, posicionou cada um dos carros e fez algumas caracterizações. Há, por exemplo, um Rolls-Royce deteriorado com um boneco do Rei Charles cortado ao meio largado no banco traseiro, além de pedaços do Muro de Berlim espalhados por toda a propriedade.
Um dos modelos mais raros da coleção é um Jaguar XK120, de 1948. Este foi o primeiro carro da marca britânica produzido após o fim da Segunda Guerra Mundial.
O conversível tinha motor 3.4 de seis cilindros em linha, capaz de desenvolver 180 cv de potência. Uma unidade totalmente restaurada já foi vendida em 2022 pelo equivalente a R$ 4,6 milhões.
Outro carro facilmente reconhecível na coleção é o Porsche 356. O esportivo foi produzido entre 1948 e 1965, sendo que apenas 7.627 deixaram a fábrica da marca em Stuttgart (Alemanha).
Uma unidade em bom estado pode custar até 228 mil euros, ou R$ 1,2 milhão em conversão simples.
Mas, afinal, por que alguém faria isso com uma coleção tão estimada? Frohlich acredita que, apesar do preço e do valor sentimental de um carro, tudo será consumido pela natureza um dia. Segundo o entusiasta, todos os carros do planeta vão apodrecer, não importa o quão raros eles sejam.
Frohlich diz receber “hate” nas redes sociais pela ideia. Entusiastas entram em contato a todo instante para tentar comprar uma das carcaças e restaurar um carro raro. A negativa do alemão desagrada os puristas.