Barbeiro morto após Garota Vip teria sido espancado por seguranças do evento, diz família
Parentes do barbeiro Gilsonei Vasconcelos Xavier, de 35 anos, morto no último domingo, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, disseram que uma testemunha presenciou o momento em que o rapaz teria sido espancado por supostos seguranças de um evento que acontecia no Parque Olímpico, onde ele esteve pouco antes de ser encontrado sem vida, em um terreno de um condomínio da Aeronáutica, localizado próximo ao local. De acordo com Nelma Vasconcelos, de 39, irmã do barbeiro, o irmão teria sido agredido após abordar uma mulher na porta de um banheiro.
Ela teria chamado seguranças que passaram a agredir a vítima que caiu no chão e foi chutada. Pouco antes do sepultamento do irmão, nesta terça-feira, no Cemitério da Cacuia, na Ilha do Governador, na Zona Norte, Nelma disse que o corpo de Gilsonei apresentava lesões na face. Segundo ela, o laudo cadavérico mencionou que a vítima teve broncoaspiração de uma secreção que foi parar nos pulmões.
— Testemunhas viram que ele foi bastante espancado. Que ele levou um empurrão, caiu, e bateu a cabeça no chão. Ele tem lesões em parte do rosto, na região temporal e na região orbital e na região do olho. O laudo também diz que ele teve uma broncoaspiração. Uma testemunha viu o ocorrido. Ela contou que foi na porta do banheiro (que a agressão teria ocorrido). E que veio um rapaz e empurrou meu irmão, que caiu e bateu com a cabeça no chão, já desacordado. E que mesmo assim, o rapaz continuou chutando meu irmão. Queremos que a polícia apure o que aconteceu — disse, chorando.
O laudo cadavérico de Gilsonei foi inconclusivo em relação a causa da morte da vítima. Por conta disso, exames complementares foram solicitados pelo Instituto Médico-Legal, no Centro do Rio.
Pai de dois filhos menores, e descrito por amigos e familiares como sendo uma pessoa bondosa e excelente pai, Gilsonei foi sepultado no Cemitério da Caçula, na Ilha do Governador. Procurada, a Polícia Civil divulgou nota esclarecendo que o caso será investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital e que testemunhas serão ouvidas. O comunicado diz ainda que investigadores estão em busca de imagens de câmeras de segurança do evento que ajudem a esclarecer o que aconteceu com Gilsonei.