Rede estadual de educação tem 68 premiados na Olimpíada Alagoana de Matemática
A rede estadual de ensino teve 68 premiados na edição 2023 da Olimpíada Alagoana de Matemática (OAM). A cerimônia de premiação aconteceu nesta segunda-feira (13), no Centro de Inovação de Jaraguá, e fez parte da programação de abertura da Matfest, evento promovido pelo Instituto de Matemática da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).
Deste quantitativo, são 32 medalhas (2 ouros, 13 pratas e 17 bronzes) e 36 Menções Honrosas, o que representa uma premiação cinco vezes maior em relação à edição 2022, quando as escolas estaduais somaram 13 premiações – 10 medalhas e 3 Menções Honrosas.
Premiados
O Colégio Tiradentes da Polícia Militar (COM) – Unidade Agreste, localizado em Arapiraca, foi um dos destaques da competição, com 48 premiações - 1 medalha de ouro, 11 medalhas de prata, 12 medalhas de bronze e 24 menções honrosas. Um dos premiados foi o estudante Arthur Felipe Alfredo Bispo, aluno do 7º ano e um dos dois medalhistas de ouro da rede estadual na olimpíada.
“Confesso que não esperava o ouro, achei a prova difícil. Fiquei muito feliz com a notícia e agradeço aos meus professores que ensinaram cálculos e soluções que me ajudaram a conseguir esta medalha”, fala o garoto.
O outro medalhista de ouro da rede estadual foi Nicolas Lopes Araújo, da Escola Estadual Jorge de Lima, de União dos Palmares. “Foi minha primeira OAM e é uma sensação muito boa conseguir essa medalha, pois apenas seis pessoas no nível 2, que equivale ao 8º e 9º ano, alcançaram o ouro”, revela Nicolas, que se preparou para a prova fazendo provas de edições antigas da olimpíada.
Já os estudantes Rafael Freitas de Melo, da Escola José Sena Dias, de Piranhas, e Carlos Messias Cavalcante, da Escola Estadual Padre Aurélio Gois, de Junqueiro, foram, respectivamente, bronze e prata no nível 3, o qual abrange o ensino médio. “A OAM é olimpíada muito competitiva e conseguir essa medalha foi uma ótima surpresa”, diz Rafael. “Sou apaixonado por matemática e a participação na olimpíada permitiu que eu aprofundasse ainda mais meus conhecimentos na disciplina”, conta Carlos.
Também foram premiados na OAM estudantes das seguintes instituições: CPM Maceió, Escola Estadual Ovídio Edgar, de Maceió; Escola Estadual Izaura Antônia de Lisboa, de Arapiraca; Escola Estadual Arthur Ramos, Arapiraca; Escola Estadual Jornalista Raul Lima, de Maceió; Escola Estadual Moreira e Silva, de Maceió; Escola Estadual Firmo de Castro, de Porto Real do Colégio; Pedro Joaquim de Jesus, de Teotônio Vilela; Escola Estadual Almeida Cavalcanti, de Palmeira dos Índios e Escola Estadual Ana Lins, de São Miguel dos Campos.
Avanços
Entre as edições 2022 e 2023, a OAM teve um aumento de quase sete mil pessoas no número de inscritos, que passou de dois mil a nove mil estudantes participantes que fizeram as provas em 10 polos: Maceió, Arapiraca, São Miguel dos Campos, Coruripe, Campo Alegre, Penedo, Palmeira dos Índios, Santana do Mundaú, União dos Palmares e Piranhas.
A secretária-executiva de Gestão da Rede Estadual de Ensino, Sandra Vitorino, celebra os resultados. “Quando olhamos apenas os números da rede estadual, tivemos um aumento de 200% no número de premiados no período de um ano. Isso é fruto de um trabalho coletivo que envolve Seduc, Gerências Especiais de Educação, escolas e professores e que visa desmistificar a matemática como uma disciplina de difícil entendimento”, observa.
Um dos coordenadores da OAM, o professor Davi Lima, do Instituto de Matemática da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), também faz um balanço positivo das duas fases da competição. “A rede estadual de ensino nos surpreendeu positivamente aumentando massivamente o número de participantes tanto na 1ª como na 2ª fase e, consequentemente, o número de premiados. Pouquíssimos estudantes deixaram de fazer a 2ª fase e nós vemos que o nosso estado tem crianças e adolescentes com muita aptidão matemática. Por isso, agradecemos a toda equipe de alunos e professores que nos apoiaram neste processo, bem como instituições parceiras como a Ufal, Seduc, Stone, OBM, Ifal e redes municipais de ensino”, destaca Davi.
Presente à premiação, a gerente de Desenvolvimento e Acompanhamento Pedagógico da Seduc, Emanuele Kamila Souza, participou ativamente da mobilização e engajamento das escolas estaduais na OAM. Ela parabeniza os medalhistas e fala da importância de se participar da olimpíada. “A OAM desafia o estudante a testar suas habilidades em matemática e traz diversas oportunidades para o futuro acadêmico do estudante. É uma conquista que vai além da medalha”, declara.