Vídeo. Crime da Braskem atinge pescadores e ameaça o Sururu, patrimônio de Alagoas
Quem mora ou visita Alagoas sabe que o estado é conhecido como o paraíso das águas e por sua rica culinária de pescados, principalmente o sururu, patrimônio alagoano.
O desabamento de uma das minas da Braskem, empresa responsável pela mineração que atingiu cinco bairros de Maceió, pode causar o aumento de sal na lagoa Mandaú e já está afetando a pesca, os mariscos e moluscos.
Segundo o alerta da bióloga e professora da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Nídia Fabré conta como o desastre pode causar a extinção do sururu.
Com o afundamento da mina 18, a água da lagoa vai vazar para dentro do buraco fazendo contato com o sal no subsolo, aumentando os níveis. O sururu precisa de um equilíbrio entre a água doce com a salgada, explica a bióloga.
Imagens do Jornal da Mix 98,3 FM mostram um pescador lamenta a situação e mostra uma rede de pesca vazia. Waldemar Walmorido, conhecido como seu Dida, relata que o sururu é o meio de renda dele e de várias famílias da região e está sendo prejudicado.
“Acabei de chegar da lagoa. Eles querem crescer, um morre, o outro fica por cima, insistindo, e não tem condições de sobreviver. A gente está vendo que esse sururu não foi morto por causa de molusco que veio da África, mas por causa da Braskem”, conta seu Dida.
Além dele, dezenas de pescadores estão passando pela mesma situação. O Governo Federal anunciou que ia ajudar quem depende da pesca na região, mas ainda não foi oficializado.