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Viúva do indigenista Bruno Pereira, assassinado em 2022, faz vaquinha para tratamento de filho

Por redação com Terra 06/01/2024 17h05
Pedro, de cinco anos, filho de Bruno Pereira e Beatriz Matos - Foto: Reprodução/Vakinha

Pedro, de cinco anos, é filho do indigenista Bruno Pereira, assassinado em 2022 na Amazônia, e luta contra um câncer agressivo.

Para o seu tratamento, ele precisa de um medicamento importado, chamado betadinutuximabe, que não é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e custa em torno de R$ 88 mil a unidade. Para lidar com a situação, sua mãe, Beatriz Matos, criou uma vaquinha virtual em busca de doações.

A vaquinha foi aberta neste ano, tendo como meta arrecadar R$ 2 milhões. Até a publicação desta matéria, na tarde de sábado, 6, as doações feitas por mais de 20 mil pessoas já somam cerca de R$ 1,6 milhão. Doações para a campanha #SalvePedro podem ser feitas pelo portal Vakinha.

Segundo a família, Pedro foi diagnosticado com neuroblastoma em estágio avançado (estágio 4) no ano passado. Ele passou por cinco meses de quimioterapia em um hospital público e segue na luta para que o câncer não se espalhe. Para isso, precisa do medicamento importado.

“Os valores arrecadados pela campanha #SalvePedro serão integralmente destinados ao seu tratamento oncológico. Com a cura do Pedrinho, eventual valor remanescente será destinado a famílias que precisam do remédio, ao Hospital da Criança de Brasília/DF (ou outra instituição), para que outras crianças possam ter a mesma oportunidade que Pedro está recebendo”, complementou Beatriz, na descrição da campanha.

Bruno e Dom

O indigenista brasileiro Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips foram assassinados em junho de 2022 durante uma viagem pelo Vale do Javari, localizada no estado do Amazonas. Os corpos foram achados pela Polícia Federal (PF) em uma área de "dificílimo acesso", de mata fechada, a 3 km de distância da região onde foram encontrados a mochila e outros pertences dos dois.