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Avião de Lula tem decolagem interrompida e dá meia volta em Congonhas

Por redação com O Globo 05/02/2024 19h07
Avião presidencial dá meia volta após problema na decolagem - Foto: Reprodução / Golf Oscar Romeo

Conhecido como “Aerolula”, o jato VC-1 Airbus A319CJ da Força Aérea Brasileira (FAB) que transportava o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na tarde deste domingo precisou abortar a decolagem no aeroporto de Congonhas (SP). O petista retornava a Brasília após passagem pela capital paulista para cumprir agenda na sexta.

A ocorrência foi posteriormente sanada e o voo prosseguiu normalmente, aponta a FAB. Imagens obtidas pelo portal especializado em aviação "Golf Oscar Romeo" mostram que o avião deu meia volta na pista e retornou ao pátio militar, cerca de 20 minutos antes de enfim decolar.

A concessionária Aena, que administra o Aeroporto de Congonhas, foi procurada pelo GLOBO, mas não respondeu aos questionamentos até a publicação da reportagem.

Na sexta-feira, Lula participou do evento de anúncio de uma parceria com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para a construção do túnel submerso que vai ligar as cidades de Santos e Guarujá.

Segundo a Força Aérea Brasileira, o VC-1 é uma aeronave militar designada especialmente para cumprir a missão de transportar com segurança o Presidente da República para diversas localidades do Brasil e do exterior.

O vetor possui um desempenho que permite a operação em diferentes aeródromos, o que possibilita uma versatilidade no transporte presidencial, tanto por operar em pistas mais curtas e estreitas, bem como por realizar voos de longa duração.

O avião militar tem, no entanto, 18 anos de uso e se aproxima da metade do ciclo de vida, o que exigirá passar por um processo de reformulação.

Foi com o Aerolula que o presidente viajou ao Japão, no mês passado. Para este trajeto, ele precisou fazer duas escalas, em Guadalara (México) e no Alaska (EUA). A viagem foi considerada cansativa para Lula, que tem 77 anos.

Também por isso, ele deseja uma aeronave com maior autonomia de voo, que não exija muitas escalas para abastecimento e mais espaço para acomodar convidados, o que tem sido estudado pela FAB, conforme mostrou O GLOBO.