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Homem que viveu em 'pulmão de ferro' há sete décadas morre aos 78 anos

Por Redação, com Revista Monet 13/03/2024 11h11
Paul - Foto: Reprodução/Go FundMe

Paul Alexander, um homem que veu 70 de seus 78 anos em um aparelho chamado 'pulmão de ferro', faleceu em Dallas, estado americano do Texas.

A informação foi divulgada pela que angariava fundos para os seus cuidados médicos no site GoFundMe. A causa da morte teria acontecido em decorrência de uma infecção causada pelo vírus da Covid-19.

Personagem do documentário 'The Man in an Iron Lung (A Polio Survivor's Story)', Paul vivia no aparelho desde 1952, quando contraiu poliomielite, doença que o deixou paralisado do pescoço para baixo. Incapaz de respirar sozinho, ele passou a vida inteira dentro de um pulmão de ferro, que permitiu com que ele respirasse por mais de sete décadas.

Ele entrou para o Livro Guinness dos Recordes como a pessoa a viver o maior o período de tempo com uso diário de um ventilador de pressão negativa (ou “pulmão de ferro/aço”).

Aos 21 anos, Paul se tornou a primeira pessoa a se formar no ensino médio em Dallas sem nunca ter assistido às aulas pessoalmente. Ele foi aceito na Southern Methodist University em Dallas, depois de muitas dificuldades com a administração da universidade, e então ingressou na faculdade de direito na Universidade do Texas, em Austin.

Ele perseguiu seu sonho de se tornar advogado e representou clientes no tribunal com uma cadeira de rodas modificada que mantinha seu corpo paralisado em pé. Ele também organizou uma manifestação pelos direitos das pessoas com deficiência e publicou seu próprio livro de memórias, intitulado 'Três minutos para um cachorro: minha vida em um pulmão de ferro'.

A poliomielite é uma doença viral infecciosa que afeta a função respiratória do sistema nervoso central e pode causar fraqueza muscular e paralisia. É transmitida através de água e alimentos contaminados ou pelo contato com uma pessoa infectada. Foi amplamente erradicado em todo o mundo após o uso da vacina que entrou em uso na década de 1950. Contudo, a doença continua presente em quatro países: Nigéria, Paquistão e Afeganistão.