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Entenda o que é a embolização, procedimento pelo qual Faustão passou após transplante de rim

Por Folhapress 15/03/2024 17h05
Faustão - Foto: reprodução

Na última quinta-feira, o apresentador Fausto Silva, o Faustão, anunciou que passou por uma embolização após o transplante de rim que realizou no mês passado pois este não estaria funcionando.Utilizando-se de técnicas modernas, o procedimento minimamente invasivo é feito como uma alternativa de tratamento às cirurgias tradicionais.

Trata-se do ato cirúrgico de bloquear (parcial ou totalmente) a passagem de um fluido, que pode ser arterial, venoso ou linfático, dentro do corpo humano, diz Francisco Carnevale, chefe do serviço de Radiologia Vascular Intervencionista do Hospital Sírio-Libanês.

No caso do apresentador, o bloqueio foi para o fluxo de sangue para uma parte do corpo para estimular outra.

O vazamento desse fluido pode ser uma das causas para o órgão demorar a funcionar. O processo foi feito como forma de lidar com questões linfáticas que atrasavam a recuperação do apresentador após o transplante.

Segundo Carnevale, o vazamento de artérias, veias e vasos linfáticos é comum em transplantes. Nesses casos, os líquidos vazam para a barriga do paciente ao redor do local onde foi posto o órgão.

"Para fazer uma embolização, é necessário um equipamento de imagem de última geração para realizar o cateterismo, antes de tudo", afirma o médico. A imagem servirá para ajudar a identificar a lesão nos vasos.

O cateterismo é o ato de passar um cateter por um vaso.

O cáteter é, por sua vez, guiado pelo médico até o órgão alvo, no caso, o rim. Após o diagnóstico da imagem, é feita a embolização -ou seja, o bloqueio de passagem do líquido (linfa ou sangue) que está indo para o lugar não desejado.

"Quando a gente faz uma embolização, é porque normalmente está acontecendo um extravasamento. A embolização estanca esse vazamento", diz.