Polícia investiga assassinato de Jovem em clínica de reabilitação, em Maceió
A Polícia Civil está investigando o assassinato de um jovem, de 21 anos, identificado como Cledson Ney da Conceição Lima, morto por espancamento, dentro de uma clínica de reabilitação, no bairro Fernão Velho, em Maceió. O crime ocorreu na semana passada, poucos dias após a internação do jovem no local.
A família do jovem informou que ele foi espancado por quatro homens, também internos da clínica. Dois suspeitos do crime foram presos e outros dois estão foragidas.
Ainda segundo parentes do jovem, a confusão teria ocorrido por causa de um cigarro. A irmã de Cledson acusa a equipe da clínica de negligência. Ela disse ainda que essa foi a segunda vez que Cledson foi internado e, na primeira internação, ele havia sido agredido.
"Da outra vez bateram nele, mas separaram rápido e, enfim, ele não teve nenhuma lesão. E minha mãe deixou para lá, mas dessa vez o caso foi muito grave. Minha mãe colocou meu irmão para melhorar dentro de uma clínica e meu irmão sai morto da clínica", afirma a irmã de Cledison.
O jovem ainda foi socorrido e levado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas quando a mãe dele chegou ao local, ele já estava em óbito. "Cheguei lá na UPA, olhei o meu filho, e ele já estava em óbito. Meu filho já estava morto. Eu abri o olho do meu filho e vi que ele já estava morto", lamentou a mãe do jovem.
Após ser levado para a UPA, Cledson foi encaminhado para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde foi constatado o óbito.
O laudo do hospital indicou que Cledson foi morto por lesão no tecido cerebral, traumatismo craniano e ação por instrumento contundente. No documento, há a confirmação de que houve homicídio por espancamento.
Conforme a defesa da clínica, os funcionários do local separaram o Cledison de outros pacientes que dividiam o quarto com ele por uma questão de segurança e que ele recebeu atendimento de uma enfermeira da clínica.
"Quando houve o ocorrido, a vítima se dirigiu à enfermaria, passou horas em observação e, após a sua saída, ele ficou conversando com os monitores e estava são e, aparentemente, consciente. Nada que foi identificado ali naquele momento poderia induzir para uma conclusão como a que aconteceu", contou o advogado Victor Cavalcante.
A equipe da clínica também cedeu as imagens das câmeras de circuito interno para a Polícia Civil.