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Casos respiratórios causados por influenza A e vírus sincicial mantêm estado de alerta em todo o país

Por Folhapress 11/05/2024 10h10 - Atualizado em 11/05/2024 10h10
Sequela da COVID-19 - Foto: Reprodução

Os vírus Influenza A e VSR (vírus sincicial respiratório), ambos sazonais, mantêm estado de alerta em todo o território brasileiro para novos casos e aumento de internações, segundo boletim InfoGripe, da Fiocruz divulgado nesta quinta-feira (9).

De acordo com os dados do relatório, de até 6 de maio, os óbitos registrados nas últimas quatro semanas por influenza A já se iguala aos dados de mortes por Covid-19 no mesmo período.Casos de Srag (síndrome respiratória aguda grave) também registraram alta nas últimas seis semanas. O número de óbitos pela síndrome segue mais elevado entre os mais velhos, com maior predomínio para Covid, seguido pelo vírus da influenza.

No caso das crianças, o aumento de circulação do vírus sincicial tem coincidido com mais óbitos por Srag, superando inclusive as mortes por Covid entre os mais novos. Estados como Ceará, Espirito Santo e Goiás registram queda, enquanto Bahia, Distrito Federal, Minas Gerais e São Paulo já apontam interrupção da transmissão.

O VSR segue sendo o principal vírus respiratório em circulação nas últimas quatro semanas epidemiológicas com 57,3% de incidência, seguido por 26,7% para influenza A, 6,8% para Covid-19 e 0,3% para influenza B.

O vírus sincicial, assim como demais infecções respiratórias, apresenta aumento característico em estações como outono e inverno. Nas crianças, o VSR costuma atingir aqueles menores de dois anos e é um dos principais responsáveis por bronquiolites e pneumonias nessa faixa etária, segundo especialistas.

Influenza A e Covid, no entanto, são as principais causas de óbitos em decorrência de síndrome respiratória, com 40,9%, em ambos os casos, de incidência, seguido por VSR, com 13,2% e influenza B com 0,8%. Contudo, Covid-19 mantém estabilidade em número de casos.

Os estados da Bahia, Ceará, Espirito Santo e Goiás foram os únicos do país que não registraram sinal de crescimento de Srag a longo prazo, segundo a Fiocruz. Ao todo, no acumulado de 2024, foram notificados 48.347 casos de síndrome respiratória.

Entre as capitais, Aracaju (SE), Boa Vista (RR), Campo Grande (MS), Florianópolis (SC), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e Teresina (PI) apresentam sinal de crescimento para Srag.