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Suspeitos de participar do 8 de Janeiro violam tornozeleira e fogem do Brasil

Por Redação com Metrópoles 14/05/2024 13h01 - Atualizado em 14/05/2024 14h02
Atentado 8 de janeiro - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Um levantamento feito com base em registros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), como ordens de prisão e entrevistas com parentes, investigadores, amigos e advogados, aponta que ao menos 51 pessoas suspeitas de participar dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 têm mandados de prisão em aberto ou fugiram do país.

De acordo com o UOL, deste grupo, 10 militantes bolsonaristas fugiram para o exterior neste ano pelas fronteiras de Santa Catarina (SC) e Rio Grande do Sul (RS). Os destinos deles foram a Argentina e o Uruguai.

Sete dos fugitivos foram condenados pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a mais de 10 anos de prisão por participarem de tentativa de golpe de Estado no 8 de Janeiro. Seis dos 10 fugitivos são mulheres, e a maioria é de estados do Sul (PR e SC) e do Sudeste (SP e MG). A idade média deles é de 50 anos.

O STF e a Polícia Federal (PF) não se manifestaram sobre as buscas. Não há alertas públicos da Interpol (polícia internacional) pelos fugitivos.

Fugitivos

Pelo menos um dos fugitivos afirma ter pedido asilo político à Argentina. As assessorias dos ministérios do Interior e das Relações Exteriores argentinos informaram ao UOL que não revelariam quem entrou no país ou quem pediu asilo por se tratarem de dados pessoais.

Pelas leis brasileiras, a destruição da tornozeleira e a fuga não aumentam a punição, mas o fugitivo perde o direito ao regime aberto e volta ao semiaberto ou fechado. Facilitar a fuga é crime punível com 5 meses a 2 anos de detenção.