Após ser denunciado pelo Ministério Público de Alagoas (MPAL), o dono de uma tabacaria foi condenado a mais de 264 anos de prisão por ter estuprado 20 crianças e adolescentes em Ouro Branco, no Sertão de Alagoas.

Segundo o MPAL, as vítimas eram do sexo masculino e tinham entre 10 e 17 anos. Por meio do promotor de Justiça João Bonfim, da Promotoria de Maravilha, ele foi denunciado por estupro de vulnerável, corrupção de menores, assédio sexual, e fornecimento de bebida alcoólica.

Além da pena de prisão, cada vítima será indenizada em R$ 5 mil, por conta das consequências que o crime trouxe, como o bullying que sofreram na escola.

A tabacaria foi fechada imediatamente, pois a licença de funcionamento foi cassada pela juíza Nathalia Silva Viana.

"O acusado, nitidamente aliciava os menores, atraindo-os para o seu estabelecimento comercial com ofertas de cigarros, bebidas, doces e também dinheiro em troca de sexo. Os relatos são deprimentes, indignam, ao tempo em que nos encoraja a continuar desmascarando criminosos assim, pois temos entre as vítimas crianças de dez e onze anos. Sem contar no constrangimento ao qual foram e estão sendo submetidas, com extensão para os seus familiares.”, declara o promotor João Bonfim.

Inicialmente, foram identificadas quatro vítimas do criminoso, mas outras 16 surgiram ao longo do inquérito policial. Os estupros ocorreram em um quarto que fica no estabelecimento comercial. Algumas vítimas foram abusadas sexualmente mais de quatro vezes.

“A princípio, orientados a ficar em silêncio, eles criaram histórias fictícias com possíveis paquerinhas, mas não tinha como ser mantida a versão por muito tempo, já que as vítimas foram conversando entre elas e outras pessoas ficaram sabendo das atitudes criminosas”, afirmou o promotor, que informou também que o criminoso chegou a oferecer quantias entre R$ 100 e R$ 300 para os jovens.