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Segundo júri absolve PM e irmão acusados de matar tio em AL

Por Redação com GazetaWeb 25/05/2024 08h08
Juri - Foto: Reprodução

A policial militar do Estado de São Paulo Waldirene Araújo da Silva e o irmão dela Salustiano Araújo da Silva foram absolvidos do crime de assassinato do tio, que ocorreu em 7 de março de 2013, em Tanque D'Arca, no interior de Alagoas. Este é o segundo júri popular do caso. O julgamento ocorreu nesta sexta-feira (24), no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, no bairro Barro Duro, em Maceió.

Os irmãos foram acusados de matar, a facadas e pauladas, o fazendeiro Antônio Castro de Araújo. O crime teria sido motivado pela venda das terras da mãe dos réus, que se arrependeu da venda. O Conselho de Sentença reconheceu legítima defesa.

Segundo o promotor de Justiça Edelzito Andrade, a discussão pela posse das propriedades levou os sobrinhos a confrontarem o tio, resultando em sua morte.

Eles foram levados a júri acusados de crime de homicídio, com as qualificadoras de motivos torpe e cruel e sem chance de defesa da vítima.

O primeiro julgamento ocorreu no dia 8 de novembro de 2017. Naquele ano, Salustiano foi condenado a 22 anos e 6 meses de prisão e Waldirene a 19 anos, 5 meses e 14 dias.

Em outubro de 2018, um recurso dos réus resultou na anulação do julgamento, transferindo o foro do novo júri para Maceió, onde ocorreu nesta sexta.

Ao Conselho de Sentença, o Ministério Público Estadual (MPE) enfatizou que a vítima era pessoa idosa.

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"Convido-as a fazer uma viagem com o Ministerio Público ate a pequena cidade de Tanque D'arca, em março de 2013. Foi lá que a vítima criou a família com o suor do rosto e a força dos próprios braços e educou seus filhos. As senhoras presenciaram um espetáculo circense apresentado pela ré. Observaram lágrimas falsas que desciam da face da ré, provavelmente por remorso. Jamais comparadas as que descem até hoje do rosto dos filhos de seu Antônio. Para eles, sim, o Ministério Público oferta o lenço".

Durante o júri popular, a policial militar disse que agiu em legítima defesa, porque o tio queria "furar" o irmão dela. "Ele queria furar meu irmão e, enquanto eu mordia o nariz dele, meu irmão furava para se defender", diz a policial.

A versão dela foi contestada pelo órgão ministerial. "Não há como falar em legítima defesa se o laudo pericial afirma que as facadas foram pelas costas. Não é o Ministério Público quem diz isso, mas os peritos criminais que subscrevem o laudo". Disse a promotoria desbancando os depoimentos da ré Waldirene.

Um dos filhos da vítima chorou no júri e disse que encontrou o pai com um pau enfiado na boca dele. O declarante disse ainda que teve que tirar o objeto da boca do pai antes que a perícia chegasse.