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Pistoleiro da Chacina de Unaí é preso novamente pela PF em Sergipe

Por Redação com Tempo 29/05/2024 18h06
Faixa de protesto é colocada em frente ao tribunal em Belo Horizonte (MG) onde aconteceu o julgamento de envolvido no crime - Foto: Alex de Jesus/O Tempo/Estadão Conteúdo

A Polícia Federal (PF) prendeu, na última terça-feira (28), um dos pistoleiros que executaram a chamada “Chacina de Unaí”, ocorrida em 2004 no Norte de Minas. Ele estava foragido da Justiça e foi localizado na cidade de Estância, no estado de Sergipe.

O criminoso foi condenado a 94 anos de prisão pelo assassinato de três auditores fiscais e um motorista do Ministério do Trabalho na chacina de grande repercussão há mais de 20 anos. O investigado cumpria a pena em regime aberto, mas estava foragido por outro crime que cometeu em 2020.

Conforme a Polícia Federal, o autor tinha um mandado de prisão preventiva em aberto por ter cometido um roubo com “grave ameaça” também no Estado de Minas Gerais. A prisão foi realizada pela FICCO/SE, de combate ao crime organizado, composta por agentes das polícias Federal, Civil, Militar, Penal, Rodoviária Federal e da Secretaria Nacional de Políticas Penais.

Chacina de Unaí: última prisão foi neste ano

Mesmo passados mais de 20 anos do crime, os condenados continuam na mira da polícia. Outra pessoa foi presa pela Polícia Federal (PF) na madrugada do dia 13 de fevereiro, na cidade de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. O homem foi condenado a 96 anos de prisão – mas teve a pena reduzida após acordo de delação premiada. Ele foi apontado como um dos intermediadores na contratação dos pistoleiros que executaram a chacina.

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Agora, somente o irmão do ex-prefeito do município, também condenado, segue sem ser localizado pelas autoridades. O crime foi tão marcante que motivou a criação do Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, que homenageia os Auditores-Fiscais do Trabalho.

Condenações

O ex-prefeito de Unaí e seu irmão foram condenados como mandantes do crime. Eles foram sentenciados por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, mediante pagamento de recompensa em dinheiro e sem possibilidade de defesa das vítimas.

Em 2015, eles foram condenados a 100 anos de prisão cada um. O ex-prefeito, no entanto, teve a condenação anulada após o irmão confessar ser o único mandante. Em maio de 2022, o ex-prefeito foi novamente julgado pela Justiça Federal e condenado a 64 anos de prisão.

Os outros dois réus foram condenados por intermediarem o crime. Os três pistoleiros foram condenados em 2013. Eles foram presos ainda em 2004.

Relembre o crime

Em 28 de janeiro de 2004, os fiscais Eratóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares e Nelson José da Silva e o motorista Aílton Pereira de Oliveira foram emboscados em uma estrada de terra, próxima de Unaí, enquanto faziam visitas de rotina a propriedades rurais.

O carro do Ministério do Trabalho foi abordado por homens armados que mataram os fiscais à queima-roupa. A fiscalização visitava a região por conta de denúncias de trabalho escravo.