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“Unção da sacanagem”: Pastor engolia sêmen de fiel para curar gastrite

Por Redação, com Metrópoles 12/06/2024 11h11
Pastor está preso - Foto: Imagem Ilustrativa

Um pastor de 41 anos está preso preventivamente desde 22 de maio por violação sexual mediante fraude e extorsão no Centro de Detenção Provisória (CDP), no complexo penitenciário da Papuda.

Alvo de operação da Polícia Civil, o religioso simulava ser um profeta e ter revelações trágicas envolvendo a morte de parentes dos fiéis. Para livrá-los do infortúnio, os homens deveriam receber sexo oral e transar com o líder evangélico. Em um dos casos, o criminoso chegou a engolir o sêmen de uma das vítimas.

Simulando ter “premonições” e afirmando que filhos de um fiel poderiam morrer, o falso profeta garantia que a única forma de salvá-los seria fazendo uma espécie de unção no órgão sexual do pai das crianças que supostamente faleceriam.

Na ocasião, o pastor ia até a casa da vítima e se trancava com ela em um dos quartos. Rezando e masturbando o fiel, o religioso passou a fazer sexo oral no integrante da igreja. O criminoso chegou a afirmar que, ao engolir o sêmen, havia sido curado de gastrite e feridas estomacais.

Geralmente, as “unções da sacanagem” ocorriam na casa da vítima, às quartas-feiras e aos domingos, quando aconteciam os cultos na igreja. Segundo as investigações da 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia), no âmbito da Operação Jeremias 23 — passagem bíblica que faz alusão aos falsos profetas —, o religioso usava a influência para abusar sexual e financeiramente dos fiéis que frequentavam a comunidade da qual ele é líder.

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Com 30 mil seguidores no Instagram, ele usava a influência para abusar sexual e financeiramente dos frequentadores do templo
De acordo com as apurações, o pastor era visto como uma espécie de profeta na comunidade religiosa pela suposta capacidade de ter revelações que se concretizavam.

Usando do seu prestígio, ele abordou um fiel da sua igreja e o avisou que teve uma visão em que a esposa dele iria morrer
Segundo as investigações, para satisfazer o desejo sexual, o pastor garantiu à vítima que “Deus” teria dado ordem para que ele salvasse a esposa do obreiro da morte.

Anal no motel

Pressionando o fiel a realizar as sessões de sexo com o pretexto de salvar a vida do filho, o pastor chegou a levar a vítima algumas vezes para um motel. Já dentro do quarto, o líder religioso descreveu como deveria ser o “ritual”. Seriam necessárias sete sessões de sexo – a primeira deveria ser de sexo oral, a segundo, anal, e as demais seriam intercaladas. Nas ocasiões de sexo anal, a vítima deveria penetrar o pastor.

As relações aconteciam geralmente no mesmo motel ou em um outro localizado em Taguatinga. Sempre fazendo ameaças de morte de algum parente próximo da vítima, o pastor obrigava os fiéis a terem relações sexuais com ele e também com outros frequentadores da igreja.

Uma mulher, de 58 anos, também pastora, em Sobradinho, era cúmplice do autor e o auxiliava com as ameaças de castigo celestial. Além disso, ela mantinha relações sexuais com os fiéis na presença do autor. No entanto, a líder religiosa não foi presa.