/75894840/JA_E_NOTICIA_AMP_TOPO |

Horas antes da cerimônia de abertura da Olimpíada, ataques paralisam rede ferroviária na França

Por Redação com Estadão Conteúdo 26/07/2024 09h09
Olimpíadas de Paris - Foto: Nicolas Michaud/Flickr

A rede ferroviária francesa de alta velocidade foi severamente atingida por uma onda de vandalismo e atos criminosos, incluindo ataques incendiários, que causaram a paralisação de várias linhas que conectam Paris ao restante da França e aos países vizinhos. Os incidentes ocorreram horas antes da grande cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2024.

Os ataques, ocorrendo em um momento de alta visibilidade global devido à proximidade da Olimpíada, devem afetar cerca de 250 mil pessoas apenas nesta sexta-feira, com impactos previstos também para o fim de semana, de acordo com autoridades locais. O Ministro dos Transportes, Patrice Vergriete, confirmou a presença de dispositivos incendiários e indicou que as evidências apontam para incêndios criminosos. “Estamos lidando com uma situação grave. Tudo indica que se trata de uma ação coordenada de vandalismo,” disse Vergriete à imprensa.

Em um comunicado nas redes sociais, o ministro assegurou que equipes de emergência estão trabalhando intensamente para restabelecer o tráfego ferroviário o mais rápido possível. A maioria dos serviços para destinos no Norte da França, Bélgica e Reino Unido está enfrentando significativos atrasos.

O ataque ocorre em um momento de elevada tensão e reforço das medidas de segurança, com a cidade de Paris se preparando para a abertura dos Jogos Olímpicos.

pp_amp_intext | /75894840/JA_E_NOTICIA_AMP_02

Autoridades denunciaram os atos, embora afirmem que não há sinais imediatos de uma ligação direta com os Jogos Olímpicos. A polícia nacional afirmou que as autoridades investigam os incidentes. A ministra dos Esportes, Amélie Oudéa-Castera, afirmou que estão trabalhando para "avaliar o impacto nos viajantes, nos atletas e assegurar o transporte de todas as delegações para os locais de competição" dos Jogos Olímpicos.

À imprensa local, na televisão BFM, acrescentou: "Jogar contra os Jogos é jogar contra a França, contra o seu próprio campo, contra o seu país". Ela não identificou os responsáveis pelos ataques.