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Keno Marley vai ser o primeiro boxeador brasileiro a lutar na Olimpíada de Paris

Por Estadão Conteúdo 26/07/2024 16h04
Atleta - Foto: Reprodução/ GETTY

O peso pesado (até 92 quilos) Keno Marley vai ser o primeiro boxeador brasileiro a entrar em ação na Olimpíada de Paris. O atleta baiano, de 23 anos, vai subir no ringue no domingo, às 15h16, para enfrentar o britânico Patrick Brown. Keno é uma das apostas da equipe nacional para chegar ao pódio.

"Sei que eu fiz um trabalho muito bom com a equipe olímpica. Sei o quanto estou preparado. É minha segunda participação nos Jogos Olímpicos. Em Tóquio eu fiz uma boa campanha, faltou um pouquinho para a medalha, e isso me motivou mais ainda. De Tóquio para cá foram mais de 54 combates, 93% de aproveitamento, muitas vitórias. Fisicamente, foi um ciclo mais longo, porque eu comecei desde Tóquio. Chego aqui mais motivado e psicologicamente muito mais tranquilo", disse Keno.

Nas demais categorias masculinas, Abner Teixeira, medalhista de bronze em Tóquio, estreia entre os superpesados (mais de 92kg) contra o equatoriano Gerlon Congo na segunda-feira, mesmo dia que Wanderley Pereira, nos 80kg, faz a primeira luta contra haitiano Cedrick Belony-Duliepre. Luiz Oliveira, o Bolinha, luta pela primeira vez contra americano Jamal Harvey na quarta-feira. Por fim, Michael Trindade estreia nos 51kg contra o cubano Alejandro Claro na terça-feira.

No feminino, o Brasil pegou stand by em todas as cinco categorias classificadas. A vice-campeã olímpica Beatriz Ferreira (60 kg) só luta na segunda-feira. Caroline Almeida, nos 50kg, espera a vencedora entre a italiana Giordana Sorrentino e a casaque Nazym Kyzaibay na quinta-feira (dia 1º). No mesmo dia, Barbara Santos pode encarar a dominicana Maria Moronta ou a taiwanesa Chen Nien Chin. Já Jucielen Romeu faz sua primeira luta contra americana Alyssa Mendoza ou húngara Mijgona Samadova no dia 2. Enquanto Tatiana Chagas, nos 54kg, já tem como primeira rival a sul-coreana Im Aeji, na terça-feira.


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"Chaveamento olímpico não tem lugar simples. As chaves do masculino estão bem difíceis, contra países tradicionais, inclusive teremos estreias contra rivais diretos na América, que são Cuba e Estados Unidos. Além disso, em duas categorias temos adversários que são favoritos ao ouro na segunda luta, que são as do Keno e Wanderley. Já no feminino, também enfrentaremos países tradicionais. Seguimos confiantes na preparação e com o prognóstico de duas medalhas. Agora é nos concentramos para as lutas, analisaremos o chaveamento com calma, faremos análises de vídeo para montar planos estratégicos para cada adversário, assim podendo fazer um bom campeonato e cumprir a meta", disse o técnico Mateus Alves.

O Brasil está representado em dez categorias por dez atletas e só fica atrás em quantidade de Austrália e Usbequistão nos Jogos de Paris.